
O carvão mineral é um minério não metálico, de cor preta ou marrom, que apresenta grande potencial combustível. Uma vez queimado libera uma elevada quantidade de energia. Constituído basicamente do carbono (quanto maior o teor de carbono mais puro é o carvão) e magnésio, sendo encontrado em forma de betume.
Esse carvão é considerado um combustível fóssil, pois as jazidas desse minério se formaram à milhões de anos, quando as extensas florestas foram submersas, fazendo com que os restos de vegetais, que são ricos em carbono, se transformassem em um elemento rochoso. Esse é classificado em turfa, linhito, antracito e hulha. Essa distinção existe em razão das condições ambientais e da época de formação.
O combustível fóssil é utilizado, especialmente, no aquecimento de fornos de siderúrgicas, indústrias químicas (produção de corantes), na fabricação de explosivos, inseticidas, plásticos, medicamentos, fertilizantes e na produção de energia elétrica nas termoelétricas.
O carvão mineral teve seu uso difundido bem antes do descobrimento do petróleo como fonte de energia. No século XVII surgiram máquinas movidas a vapor, que permitiram a substituição da força animal pela mecânica.
No século XX o petróleo ocupou lugar de principal fonte de energia, superando o uso do carvão mineral, no entanto, sua importância é bastante representativa no mundo. Atualmente, do total de reservas de carvão existentes no mundo, 56,5% se encontra na Rússia, 19,5% nos Estados Unidos, 9,5% na China, 7,8% no Canadá, 5,0% na Europa, 1,3% na África e 0,4% em outros países.
O carvão vegetal é obtido a partir da queima ou carbonização de madeira, após esse processo resulta em uma substância negra.
No dia-a-dia o carvão vegetal é utilizado como combustível de aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha, além de abastecer alguns setores industriais, como as siderúrgicas. Sendo também utilizado na medicina, porém com uma particularidade, que é chamado de carvão ativado oriundo de determinadas madeiras de aspecto mole e não resinosas.
Essa substância tem sido utilizado desde a antiguidade, na civilização egípcia tinha seu uso difundido na purificação de óleos e uso medicinal. Já na segunda guerra serviu para a retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua estrutura, em razão de sua composição porosa.
No Brasil há relatos de uso de carvão por parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de combater doenças como tumores e úlceras.
O carvão também se destaca na condução de oxigênio e um eficiente disseminador de toxinas. Diante de várias indicações positivas do carvão, pode-se destacar o seu uso no tratamento de dores estomacais, mau hálito, aftas, gases intestinais, diarreias infecciosas e intoxicações.
Apesar dos benefícios apresentados com a utilização do carvão vegetal é preciso analisar as consequências que sua produção provoca. Em primeiro lugar é importante analisar o fator social, quando pessoas adultas e até crianças trabalham nas carvoarias em condições, na maioria das vezes, precárias de trabalho e baixíssimos salários. Outro fator muito importante é o ambiental, pois para a produção de carvão é preciso retirar a cobertura vegetal de importantes composições vegetativas contidas no solo. E que por muitas vezes não são oriundas de madeiras de reflorestamento ou madeira cultivada para este fim.
Só para conhecimento, 78% do carvão produzido no Brasil é de origem de vegetação nativa, o que causa um enorme prejuízo ambiental.
Por: Dr. Robson Mororó – Engenheiro Agrônomo