A presidente Dilma Rousseff disse a interlocutores que decidiu mudar sua articulação política, mas não fará a troca enquanto for mantida a pressão de aliados, principalmente dos petistas, pela demissão da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Segundo um conselheiro presidencial, Dilma avalia que Ideli “já deu sua contribuição” e será substituída para aperfeiçoamento da relação com a base aliada.
O interlocutor, que esteve com a petista na semana passada, acrescentou que ela mantém o apoio ao ministro Guido Mantega (Fazenda), apesar do aumento das pressões dentro e fora do governo por sua troca.
Segundo colaboradores da presidente, há no governo expectativa de que a própria Ideli entregue o cargo durante o recesso parlamentar, a partir da semana que vem.
Na quinta, Ideli sofreu um novo golpe: Dilma transferiu para a Casa Civil a tarefa de acompanhar o atendimento das emendas parlamentares.
Com o rearranjo, a ministra da pasta, Gleisi Hoffmann, fica encarregada de cobrar dos demais ministérios a liberação de recursos em atendimento a emendas. E Ideli perde seu principal trunfo para negociação com deputados e senadores.
Contrariada com o esvaziamento, Ideli chegou a manifestar a aliados a disposição de entregar a cadeira na sexta-feira. Mas rendeu-se ao argumento de que não terá para onde ir, já que não tem mandato, e que a transferência é temporária.
Procurada, Ideli disse, por intermédio da assessoria, que “considera fofoca qualquer especulação nesse sentido”.
Fonte: uol.com

















