PSB a favor ou contra o PT é quem escolhe
Analisando os resultados das eleições municipais deste ano, é impossível não enxergar 2014. O PSB que ao longo de muitos anos era tratado pelo próprio PT apenas como legenda de aluguel, passa a ser visto com outros olhos pelos aliados do Planalto, tendo em vista a consolidação como força nacional por preferência dos eleitores em todas as regiões do país.
A partir dos resultados das eleições deste ano o Planalto tem duas formas de olhar o PSB do Governador Eduardo campos, ou, como potencial aliado abrindo mais espaços dentro do governo, ou, como potencial adversário, com isto credenciaria o Governador como barreira definitiva nos planos de reeleição da Presidenta Dilma.
Das 17 capitais que tiveram segundo turno, o PSDB, o PSB e o PT, elegeram cada um três prefeitos. Além da maior cidade do País, São Paulo, o PT ganhou em João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC). Os tucanos foram vitoriosos em Manaus (AM), Teresina (PI) e Belém (PA). O PSB venceu em Cuiabá (MT), Porto Velho (RO) e Fortaleza (CE). O PDT elegeu dois prefeitos: Natal (RN) e Curitiba (PR).
Outros seis partidos elegeram um prefeito cada um: Vitória (PPS), Campo Grande (PP), Florianópolis (PSD), São Luís (PTC), Macapá (PSOL) e Salvador (DEM). Em relação a 2008, a correlação de forças mudou pouco. Os partidos da base do governo federal elegeram naquela ocasião 20 prefeitos de capitais contra seis da oposição.
Agora, em 2012, os partidos da base de Dilma elegeram 18 prefeitos de capitais contra oito da oposição. O PSB passou a ser o partido na administração de mais capitais – seis no total. O PT, que elegeu seis, ficou com quatro. O Na oposição, o PSDB venceu em quatro, o DEM em duas, e PPS e PSOL em uma capital cada.
No cômputo geral das 50 cidades que tiveram segundo turno, o PSDB elegeu nove prefeitos, enquanto o PT venceu em oito. O PMDB e o PSB foram vitoriosos, cada um deles, em seis cidades. Em seguida, com três prefeitos eleitos, vieram: PDT, PPS, PSD e PCdoB.
