PIB de Pernambuco deve crescer entre 3,5% e 4%
Dentro dos setores que compõem a economia, a agropecuária teve a maior queda. Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, Rodolfo Guimarães explicou que a seca puxou o resultado para baixo: -5,3% em relação ao trimestre anterior. “Salvaram-se as culturas irrigadas, como uva e manga, mas o plantio de sequeiro, principalmente das culturas de milho (-80%) e feijão (-64,3%), foram quase dizimados”, explicou. Respectivamente, alta para as lavouras permanentes (de 5,45%) e queda nas temporárias (-7,9%).
O declive do setor agrícola foi ainda mais forte no início do ano, quando registrou desempenho de -23,8%. Especificamente na pecuária, a seca acabou causando a migração de bovinos para outros estados. Junto com a queda na produção de leite, ovos e carne, o resultado foi uma queda de 9,7%.
Os índices da indústria pernambucana estão acima da média nacional. A alta de 3,4% no segundo trimestre de 2012 foi influenciada principalmente pelo desempenho da construção civil, que foi de 12,5%. “É justamente o que segura a economia do Estado no período”, comenta. No mesmo período, o resultado brasileiro ficou em -2,4%, em comparação ao segundo trimestre de 2011.
Guimarães explica que o percentual deve-se principalmente às grandes obras em curso no Estado, como a Refinaria Abreu e Lima e a fábrica da Fiat. Por outro lado, a indústria de transformação teve queda de -2,2% no mesmo período, resultado de quedas nos segmentos de alimentos e bebidas (-6,7), produtos de metal (-12,2%) e minerais não metálicos (-1,6%).
O setor de comércio, tradicionalmente forte na economia de Pernambuco, manteve-se estável no segundo trimestre do ano, com pífio 0,1% de crescimento. Somado ao resultado de 1,1% no primeiro semestre, o número confirma a fase de consumo desacelerado pelo qual passam as famílias, ainda endividadas. Melhor ficou o setor de serviços, repetindo no segundo o resultado do primeiro trimestre, com alta de 1,5%, destacando-se os serviços prestados às famílias (3,6%), aluguéis e intermediações financeiras (4,7%) e transporte (7,9%).