0

Transposição na Rio+20
RIO+20 – “Água, inclusão e integração” é o tema do estande do Ministério da Integração Nacional na Rio+20, no Píer Mauá. Com 200 m², o espaço apresenta, de forma interativa, as etapas do Projeto de Integração do Rio São Francisco, as tecnologias do Água para Todos, ações em defesa civil e programas de desenvolvimento regional da Codevasf, Dnocs, Sudam, Sudene e Sudeco.
Paraíba Mata Atlântica é preocupação
A Paraíba só conta com 11% (75.641 hectares) da Mata Atlântica original do Estado, conforme dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa ‘Indicadores de Desenvolvimento Sustentável’ ( IDS 2012). O estudo do IBGE revelou, ainda, que a caatinga também sofreu uma redução na Paraíba: até 2009 foi devastada uma área de 23.447 (45,7%) quilômetros quadrados, do total anterior de 51.357 km² existentes. Isso significa que apenas 54% desse tipo de vegetação ainda pode estar presente no Estado.
Bahia seca é um grande problema
Mais de 60% dos municípios baianos já decretaram situação de emergência em razão da seca no estado. Conforme dados da Defesa Civil, a estiagem prolongada, na Bahia, atinge 251 cidades e 2,9milhões de pessoas. Nos próximos quatro meses, a situação pode se agravar ainda mais e atingir mais de 260 municípios. 
Desabastecimento de leite no Rio Grande do Norte
A seca no Rio Grande do Norte, que já atinge seriamente mais de 139 municípios, compromete a produção de leite do estado e o abastecimento do Programa Leite Potiguar, que tem uma demanda diária de aquisição e distribuição de 155 mil litros por dia, sendo 145 mil de leite de gado e 10 mil de leite de cabra. A estiagem já provocou uma redução no abastecimento em torno de 30%, que corresponde a aproximadamente 50 mil litros diários.

A seca se alastra pelo Nordedeste
SÃO LUÍS – A estiagem que atinge o Maranhão fez com que 77 municípios decretassem estado de emergência. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), há a possibilidade de inclusão de mais sete cidades na lista. Ainda não há números exatos de quantas famílias são prejudicadas pela ausência de chuvas.
Em apenas uma área específica do Estado, 58 municípios sofrem com a estiagem  (fase prévia da estação de seca). De acordo com o secretário executivo da Cedec, Coronel Robério, a ausência de chuvas já prejudicou a agricultura (plantações em geral) e a pastagem.
A difícil vida dos sertanejos
A vida em regiões secas no Nordeste do Brasil e no norte de Minas Gerais é uma realidade para pelo menos 12 milhões de brasileiros (não há um número oficial e preciso sobre o total de habitantes do semiárido). Um deles, o sertanejo Gerôncio dos Santos, conta que depende da velha bicicleta para conseguir a água da família. Carregando galões e baldes – em um total de quase 100 l – o agricultor enfrenta sob o sol do sertão os 2 km que separam sua casa da fonte de água no centro do município cearense de Salitre.
“Hoje é a terceira viagem que eu faço com as duas cumbucas e este baldinho. É a água que a gente usa para beber e para cozinhar”, disse à BBC Brasil. “A água vem do chafariz que o prefeito mandou fazer tem pouco tempo na cidade. É água boa mesmo – tem bem pouco sal.”
Deputado destaca a importância do DNOCS
O deputado Eudes Xavier (PT-CE) destacou a importância da atuação do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs). Conforme o deputado, a população do semiárido depende desse órgão, uma vez que, na região, há cerca de 9,5 milhões pessoas em situação de pobreza, o que representa 59% da população local. O departamento é responsável pelas principais obras do Programa da Aceleração do Crescimento (PAC) na região. 

DNOCS presente na Rio+20
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas-DNOCS, está presente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, através da apresentação e exposição de painel sobre o complexo da barragem Castanhão, no estande que o Ministério da Integração Nacional instalou no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, onde se encontram as instituições governamentais. No complexo do Castanhão o DNOCS desenvolveu muitas atividades em consonância com as diretrizes da Agenda 21, de sustentabilidade ambiental, como a conservação e gestão dos recursos hídricos, através do fomento à agricultura, à piscicultura, ao abastecimento, visando o desenvolvimento rural sustentável.
Quando será que termina
A transposição do Rio São Francisco dá hoje mais uma prova de seu descompasso. Pelo prazo original, toda a megaobra deveria ser entregue este ano, o que seria um alívio para parte das vítimas da forte seca que atinge o Nordeste. Porém, enquanto o Exército comemora a entrega do primeiro e único lote da transposição a ficar pronto, em Cabrobó, o Ministério da Integração Nacional confirma ao JC a parada total de dois novos trechos da transposição, o lote 9, em Floresta, e o 6, em Mauriti, no Ceará.
A ideia de tirar água do São Francisco e distribuir no Semiárido vem do Brasil Colônia. Depois de mais de um século de idas e vindas, em 2007, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a tirar a obra do papel. Mas a transposição começou a ser executada com projetos de baixa qualidade e com ritmo ditado pelo calendário político de 2010, ano de eleições.
Mais uma transposição
O governo federal vai contratar até o final do ano uma empresa para realizar estudo sobre uma nova transposição das águas do Rio São Francisco. O canal do Eixo Sul, que pode ter entre 500 e 600 quilômetros de extensão, partirá no Lago de Sobradinho, no norte da Bahia, e chegará até “os contornos da Região Metropolitana de Salvador”, passando por todo o semiárido baiano.
Com o novo eixo, as águas do São Francisco serão levadas para a bacia do Rio Paraguaçu,que corta o estado e abastece a Grande Salvador.
 Porque as obras estão paradas


O deputado estadual Toinho do Sopão (PTN) apresentou hoje, na Assembleia Legislativa requerimento solicitando que o Poder Legislativo encaminhe documento ao Ministério da Integração Regional, pedindo explicações sobre a paralisação nas obras de transposição de água do Rio são Francisco, no município de São José de Piranhas, alto sertão.

Segundo o deputado, a obra está paralisada há um ano e três meses, centenas de operários foram dispensados e o sonho dos paraibanos de receber água do Velho Chico está sem data para acontecer.

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome