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Governo quer transpor São Francisco até a Grande Salvador

Após o programa, o ministro disse que já recebeu orientação da presidente Dilma Rousseff de contratar os estudos. Bezerra acredita que entre quatro e seis meses a empresa que elaborará o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima) já terá sido selecionada e contratada. Esses estudos levarão de 18 a 24 meses para a conclusão. Ele avalia que a obra contribuirá para a segurança hídrica na Bahia, que tem a maior parte do território no semiárido.
“Nós queremos, essa é a nossa animação, que a decisão para a construção do Eixo Sul possa ser tomada ainda neste primeiro mandato da presidente Dilma, tendo todos os elementos para a tomada de decisão”, afirmou o ministro. A elaboração dos projetos e do EIA-Rima ajudará a definir o percurso do canal e o custo da obra. Como comparação, os eixos Leste e Norte, em execução, tem orçamento de R$ 6,85 bilhões (o valor inicial era R$ 5 bilhões).
A execução não chegou, ainda, a 40% da finalização, de acordo com informação do próprio ministro. Em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff visitou a obra e disse que o governo vai cobrar o cumprimento de metas e prazos, após reconhecer que o projeto estava parado em alguns lotes. A Controladoria-Geral da União (CGU) está fazendo auditoria nas obras do Lote 6, localizado em Mauriti, interior do Ceará, vencido por um consórcio de empreiteiras que inclui a Delta Construções.
Água para Todos
Juntamente com a expansão das obras de transposição do Rio São Francisco, o governo quer ampliar o Programa Água para Todos. Além do Semiárido nordestino e de Minas Gerais, o programa deverá atender aos Estados da região Norte (como Tocantins, Pará e Amazonas, nos quais a cheia dos rios diminui o fornecimento de água potável) e da região Sul (o Rio Grande do Sul é a unidade da Federação com maior número de municípios em situação de emergência por causa da estiagem).
Segundo o ministro, a disponibilidade de água nesses Estados é problemática, inclusive, para as atividades produtivas, como a agricultura familiar. “O relatório da ANA – Agência Nacional de Águas – mostra que o grande desafio do Brasil é distribuir a água de forma correta, de forma adequada, para poder atender as necessidades das pessoas que moram não só nos espaços urbanos, nas regiões metropolitanas, mas também aquelas que vivem na zona rural”.

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