“Aumento da conta d’água é gol contra o consumidor”, diz presidente da CUT-PE

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, enviou um e-mail à imprensa criticando o aumento de quase 8% no valor da conta de água, autorizado na última segunda-feira (18) pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe).
Ele questiona o porquê da promessa de que os valores cairiam junto com a conta de energia não foi cumprida pelo Governo do Estado e pede esclarecimentos.
Confira a opinião do presidente da CUT-PE na íntegra:
“Vimos a público protestar e, ao mesmo tempo, questionar o aumento de 7,98% nas contas de água de todo o Estado, anunciado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) e já publicado no Diário Oficial. Mais uma vez a população pernambucana é penalizada com um aumento que consideramos descabido e absurdo.
Durante as eleições do ano passado, após a presidente Dilma Rousseff (PT) determinar uma queda de 18% na energia elétrica, o Estado anunciou que o preço da água também cairia. Mas a redução na conta da Compesa nunca veio até hoje. Para manter o discurso político, a Arpe primeiro homologou a alta e só depois vai anunciar uma ‘queda no reajuste’ – ou seja, a água vai subir do mesmo jeito, com a diferença de que a alta será menor do que a anunciada no dia 18/02. O usuário vai sofrer da mesma maneira.
Questionado pelo fato de que, mesmo com o abatimento da redução da conta de luz, haverá aumento da conta de água, o presidente da Compesa, Roberto Tavares. disse na mídia que é inevitável a reposição da inflação. ‘Não é reajuste, é reposição da inflação’. Acreditem se quiser!
Lembramos aos navegantes e desavisados que a redução da conta de água foi anunciada pela Compesa e por Eduardo Campos (PSB) em outubro do ano passado, em meio à polêmica da campanha eleitoral, em resposta às declarações do então candidato a prefeito do Recife, Humberto Costa (PT), de que haveria aumento da conta por causa da Parceria Público-Privada da Compesa. O projeto prevê a universalização do esgotamento sanitário das cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) e em Goiana, na Zona da Mata Norte, em 12 anos.
Infelizmente, os representantes do governo misturam ‘alhos com bugalhos’ quando tentam explicar o que é reajuste e revisão tarifária. Bom, explicam mas não justificam. Um nome ou outro, o fato verdadeiro é que, no fim das contas, o consumidor vai ter que gastar mais dinheiro a partir de março. E “não foi esta a promessa do Governo do Estado, que dessa vez pisou na bola e fez gol contra o consumidor.”
Carlos Veras/Presidente da CUT-PE

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