Mensagem para a noite da saudade de Cabrobó

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Queridos familiares, amigos e conterrâneos cabroboenses,

Há palavras que não são possíveis traduzi-las para outros idiomas, a exemplo de “saudade”, pois ela só se faz presente nos poemas de amor da língua portuguesa e também nas vozes e violões do cancioneiro popular, só conhecida em galego e em português.

Tentando descreve-la diria que é uma mistura dos sentimentos de recordações, passados, presentes, momentos vividos, não vividos, felicidades, alegrias, tristezas, enfim, emoções vividas. Apesar de sua derivação do latim: “solitas, solitatis” (solidão). Mas, como antes dito, ela é muito mais. Assim, no nosso caso, nesta memorável noite de 13 de julho de 2013, estamos comemorando a 35a festa com este tema: “a noite da saudade”.

E, nesse instante, se faz necessária uma homenagem à àquela que procurou, de todas as formas, manter acesa a chama e o encanto desta noite, que agora esta nos seus 35 anos de realização. Esta a que me refiro é Iraci Freire.

Iraci, seu semblante, seu sorriso largo, sua personalidade, definem a sua marca registrada, de mulher de origem humilde, de vontade própria, de sensibilidade e de responsabilidade pela causa que você também abraçou, que foi a educação de tantas crianças e jovens de nossa Cabrobó, através de sua escolinha de Tia Lenita.

E, neste clima de emoção, volto a dizer que saudade deve nos remeter, principalmente, às coisas boas. As músicas que serão tocadas nesta noite nos levarão a uma viagem; uma viagem pela infância, dos banhos de rio e caçadas de passarinhos e uma viagem pela juventude, assustados, piqueniques nas roças e na Ilha de Assunção, serestas e serenatas.

Saudade que corta as palavras e inunda os olhos, mas de alegria e de felicidade sem igual, que só que teve o privilegio de viver nessas paragens pode sentir.

Hoje lembrando dos estágios alcançados para as travessias de rio: pedronas, pedrinhas e a conclusão da travessia, vejo o quanto isto nos preparou para as travessias das estradas e rios da vida.

Ah! O quanto desejo que as novas gerações possam um dia sentir esta saudade.

Queridos e queridas conterrâneos e amigos, como sinto não estar presente nesta noite, mas recebam todos o meu fraternal e afetuoso abraço e a certeza de que Cabrobó nunca – JAMAIS- sairá de mim.

Aurivalter Cordeiro Pereira da Silva
13/07/2013

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