Poder do PMDB é ‘perigo para democracia’, diz Alencar

0


Eleito novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) passou por constrangimentos no plenário ao virar alvo de seus três adversários, a peemedebista Rose de Freitas (ES), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ).
O deputado do PSOL, que recebeu apenas 11 votos, foi o mais duro em seu pronunciamento. Criticou a hegemonia do PMDB no Legislativo e afirmou que o domínio do partido nas duas Casas dificulta o exercício da função fiscalizadora do Congresso. “É um perigo para a democracia brasileira”, disse. Segundo ele, tal situação fará com que o “oficialismo predomine” e o Legislativo renuncie à fiscalização.
Alencar fez também críticas a Alves ao defender o projeto em tramitação na Casa que proíbe o parlamentar de destinar recursos de emendas ao Orçamento da União para empresas de assessores. Uma das denúncias que pesam contra Alves é por suposto favorecimento a empresa de engenharia de seu assessor. “As emendas parlamentares são usadas para o clientelismo, fisiologismo ou na perspectiva do mandato futuro”, disse. Alencar reconheceu que não tinha chance de vitória, mas que a contabilidade dos votos não era o mais importante. “O que mais importa é o que queremos para o Parlamento. E o Parlamento está mal. Parece óbvio, mas o óbvio muitas vezes é esquecido”, acrescentou.
Delgado, em pronunciamento antes de iniciada a votação, disse que “chegou a hora da mudança”, de “vencer as práticas políticas que envergonham o Parlamento e vencer a politicagem na Casa Legislativa”.
Intitulando-se o primeiro a se lançar contra a “candidatura única”, o deputado do PSB lembrou que a ausência de disputa não permite o debate, a essência do Parlamento. Ao rebater indiretamente Henrique Eduardo Alves, que disse estar na Câmara há 42 anos, o socialista disse que é filho de Tarcísio Delgado, que foi parlamentar do antigo MDB e um dos principais nomes na época da redemocratização.
Rose de Freitas evitou críticas ao correligionário e acusou o Executivo de “não respeitar o povo brasileiro” por não defender um Parlamento forte. Ela defendeu a proposta de um orçamento impositivo. “Não é metáfora de campanha”, afirmou.
Fonte: msn.com

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome