O meia Clebson é o principal nome do time do Salgueiro. Mas não poderá ajudar a equipe pernambucana nos dois jogos mais importantes de sua história: os duelos contra o Internacional pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Isso porque já defendeu o Remo na atual edição do torneio nacional.
“O Clebson é um jogador que fazia a diferença, mas tivemos que emprestá-lo ao Remo por questões financeiras. Ele está de volta, mas não poderemos usá-lo”, explicou ao iG Esporte Carlos José, diretor de futebol do Salgueiro.
Sem poder contar com sua maior “estrela”, o dirigente pernambucano não elege um substituto. Em vez disso, prefere exaltar o elenco como um todo.
“Temos um time compacto. Não tem grandes estrelas. A estrela é o Salgueiro, o Carcará (ave símbolo do time)”, falou José, aos risos.
“Nossa maior força será a humildade e a união de todos. Enfrentando um clube que tem D’Alessandro, Forlán e até o próprio Dunga. É importante para colocar o Salgueiro na história”, concluiu o diretor. A folha salarial do time, R$ 220 mil, corresponde a metade do que ganha o atacante uruguaio .
De acordo com José, o simples fato de o Internacional atuar em Salgueiro, cidade localizada da 551 km da capital Recife e com população de 56 mil habitantes, já é em si um evento. E as dificuldades da Copa do Brasil não deverão atrapalhar na principal meta da equipe para 2013, a Série D.
“A gente está conciliando e aproveitando este momento. Tem que saber dividir, estamos focando no jogo de domingo contra o Gurupi, mas a expectativa na cidade é muito grande”, afirmou o dirigente.
O Salgueiro está na segunda colocação em seu grupo na quarta divisão nacional, com três vitórias e dois empates. Embora voltar à Série C, de onde foi rebaixado em 2012, seja prioridade, o clube não pode se dar o luxo de dispensar a premiação por ter chegado às oitavas da Copa do Brasil. Até o momento, o time lucrou R$ 1,2 milhão.