O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que decidiu que o país deve adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, em resposta a um mortal ataque com armas químicas, mas afirmou que irá buscar a aprovação do Congresso norte-americano.
“Não podemos e não iremos fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco”, disse Obama durante declarações na Casa Branca.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que seria uma “grande bobagem” do governo sírio usar armas químicas, no momento em que ele está vencendo a guerra contra os rebeldes, e pressionou o presidente dos EUA, Barack Obama, a não atacar as forças sírias.
Putin disse a jornalistas que se Obama tivesse provas de que o exército de Assad usou armas químicas e lançou o ataque, Washington deveria apresentá-las aos inspetores de armas da ONU e ao Conselho de Segurança.
“Tenho certeza de que isso (o ataque químico) não passa de uma provocação daqueles que querem arrastar outros países para o conflito sírio, e que querem ganhar o apoio das potências no cenário internacional, especialmente os EUA,” disse Putin.
O presidente russo disse que Obama, como ganhador do Prêmio Nobel da Paz, deveria lembrar-se do impacto que qualquer ataque dos EUA teria sobre os civis sírios.
As potências mundiais devem discutir a crise síria durante uma reunião dos líderes do Grupo dos 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento em São Petersburgo, na semana que vem, ele acrescentou. “Essa (reunião do G20) é uma boa plataforma para discutir o problema. Por que não usá-la?” disse Putin.
