O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidirá se 12 dos 25 condenados no processo do mensalão terão a possibilidade de novo julgamento Após a suspensão da sessão com um empate em 5 a 5, o ministro, que dará voto decisivo na quarta-feira, 18, sinalizou uma posição ao lembrar já ter se posicionado sobre o assunto duas vezes, uma delas no primeiro dia do julgamento da acusação, ainda no ano passado, quando fez referência à previsão dos chamados embargos infringentes, recurso que permite uma reanálise das condenações quando a votação foi apertada, com quatro votos contrários.
A decisão interfere diretamente no futuro de 12 dos 25 condenados, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Caso consigam reverter suas condenações pelo crime de formação de quadrilha, os dois se livrariam do cumprimento de pena em regime fechado. O mesmo vale para o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), que poderá ter direito a nova análise na acusação de lavagem de dinheiro.
