A queimada é um processo de queima de biomassa que pode ocorrer por razões naturais ou ser provocadas pelo homem. Sua evolução passa pelos estágios de ignição, chamas, brasas e extinção.
A ignição depende do material a ser queimado (biomassa) e de fatores ambientais como temperatura, umidade relativa do ar e vento.
Esta prática já utilizada em todo o mundo, sendo com maior intensidade na África e na Ásia, o que vem acarretando prejuízos à biodiversidade, à dinâmica dos ecossistemas e a diversos tipos de agricultura do planeta, impactando significativamente os processos de mudanças climáticas na terra e do aquecimento global.
Por ser um processo de baixo custo, destinado a limpar uma área, é bastante usado por pequenos agricultores, que são os responsáveis pelo maior número de focos de incêndio. Os agricultores têm como objetivos para a queimada, além de limpar a área de cultivo, renovar a pastagem ou facilitar a colheita da cana-de-açúcar. Apesar de trazer alguns benefícios em curto prazo, prejudicam bastante o equilíbrio ambiental, com o aumento da erosão do solo, interfere na qualidade do ar, além de, em alguns casos, acarretar danos a redes elétricas e outros elementos do patrimônio público.
Grande parte dos incêndios florestais tem motivo econômico. São provocados para ampliar áreas visando à criação de gado ou culturas agrícolas.
Ocorrem também queimadas nas margens das rodovias brasileiras, na sua maioria, causadas por fuligem incandescentes proveniente dos escapamentos de caminhões e ônibus com motor desregulado. Existem também em menor escala, incêndios causados por pessoas descuidadas ou irresponsáveis que jogam pontas de cigarro nas margens das estradas, ateiam fogo a lixões e ainda aquelas causadas por balões.
Deve-se ressaltar que existe diferença entre a queimada e o incêndio. Este último pode ser definido como uma queimada sem controle. Há também o processo conhecido como queima controlada, permitida pelo Decreto 2.661, de 8 de julho de 1998 (artigo 2º), destinado a práticas agropastoris e florestais, desde que sejam observadas as normas e condições estabelecidas pelo Decreto. Consiste no uso do fogo em vegetação nativa ou exótica sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo mantenha-se confinado em uma determinada área e ao mesmo tempo produza uma intensidade de calor e velocidade de espalhamento desejável aos objetivos do manejo.
No Brasil, os focos de queimadas se concentram mais na região Centro-Oeste e em algumas partes das regiões Norte e Nordeste. O monitoramento das queimadas no país é realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por meio de sensoriamento remoto por satélites.
Dados do Inpe revelam que o Brasil é o líder em quantidades de focos de incêndios entre os países da América Latina. Durante o período de junho a novembro, ocorrem queimadas praticamente em todas as regiões brasileiras, sendo que os meses de agosto e setembro os mais críticos.
Na próxima semana daremos continuidade a este tema.