Os conflitos no Iraque podem subir os preços no Brasil

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Você acordou hoje bombardeado de informações sobre um ataque aéreo no Iraque que matou a maior autoridade militar iraniana. Iniciamos a terceira década do século XXI com risco iminente de guerra e consequente alta nos preços do petróleo e por cadeia nos bens de consumo de um modo geral.

Explicando os fatos
As tensões entre os Estados Unidos e o Irã são antigas e nos últimos anos têm se intensificado. Fatos recentes tem aberto uma guerra retórica entre os dois países e esforços diplomáticos para evitar uma guerra bélica. Mas semana passada a embaixada americana no Iraque sofreu um ataque atribuído em parte a forças iranianas.

Em resposta, ontem os americanos coordenam bombardeio o qual ocorreu no Aeroporto Internacional de Bagdá, culminando na morte de Qassem Soleimani, 62 anos, um dos homens mais poderosos do Irã, considerado herói nacional, general da Força Al Quds, muito próximo do aiatolá Ali Khamenei e um cérebro da estratégia militar e geopolítica iraniana.

Consequências geopolíticas:

  • O ataque não vai passar em branco, haverá resposta do Irã, tanto militar quanto de crescimento do terrorismo.
  • O Irã fortalecerá seu discurso de guerra santa contra o imperialismo americano, acendendo a chama nacionalista entre os iranianos e arregimentando aliados no golfo.
  • O Irã já abre a retórica da vingança o que irá angariar simpatia ao aiatolá Ali Khamensei e provavelmente recursos para fins bélicos, concentrando mais poder político e bélico ao mesmo, e pressionando os aliados do golfo e fora de lá a tomar partido claro pelo Irã;
  • A tensão no mundo se elevará, sobretudo no Oriente; Estados Unidos e Israel estarão no centro da guerra de palavras, e militar, caso as tensões culminem em esforços bélicos;
  • Fuga de cidadãos americanos que vivem no Iraque e região, como, aliás, é a orientação da embaixada dos Estados Unidos no Iraque.
  • Pressão de fluxo migratório de pessoas fugindo dos conflitos, sobretudo para a Europa.
  • O Iraque poderá se tornar novamente palco de conflitos armados entre forças apoiadoras do Irã e dos Estados Unidos.
  • Internamente Donald Trump usará o ataque como trunfo político e fortalecerá sua campanha a reeleição, a qual já anda bem, repetindo a façanha de Jorge W. Bush.

Consequências econômicas:
Aumento do preço do petróleo, consequentemente aumento do preço de produtos comuns, uma vez que o petróleo é a maior matriz energética e insumo de logística. Ou seja, até o seu pão poderá ficar mais caro em decorrência deste conflito.

Tão logo as notícias do ataque se espalharam o barril de petróleo do tipo Brent já apresentava alta de 4%, passando a ser negociado a US$ 69.

Quanto mais tempo durar as tensões, mais caro ficará o petróleo. Em havendo conflito armado, o preço irá subir vertiginosamente.

As economias emergentes serão duramente afetadas, uma vez que o petróleo ainda é a base de suas matrizes energéticas, tanto para a indústria como para a distribuição.

Nas bolsas de valores especuladores farão o dólar subir e começarão uma corrida de fuga de capital (capital especulador), gerando tensão econômica ao redor do mundo inteiro.

No Brasil o presidente Jair Bolsonaro já reconhece publicamente que o ataque poderá impactar nos preços dos combustíveis.

Para saber mais acesse o site www.sivaldotorres.com.br.

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