O processo de construção da chapa majoritária da Frente Popular vem gerando muita expectativa, isso porque pelo menos oito partidos gostariam de ter um de seus quadros como opção. O principal desafio do governador Paulo Câmara (PSB), condutor natural do processo vai ser com aliados históricos. Só há uma vaga em disputa este ano para o Senado, tanto o PT quanto o PC do B cogitam fazer a indicação do candidato. PT seria com Carlos Veras, já o PC do B com a vice-governadora Luciana Santos.
O PT tem mais poder de fogo e munição pra queimar numa eventual disputa pela vaga, apresenta o candidato à presidente como puxador de votos e tem nomes de peso, a exemplo da deputada Marília Arraes. Já o PC do B da vice-governadora Luciana Santos, tem muito pouco a oferecer para garantir que a vaga seja sua. Vem de duas eleições onde só conseguiu eleger um deputado em cada, Luciana em 2014 teve 85.053 votos e o atual deputado Renildo foi eleito com apenas 57.918 votos.
Levando tudo isso em consideração ninguém acredita que o PC do B irá fazer parte da chapa majoritária este ano, o que vai restar para a legenda é encontrar um meio de garantir uma cadeira na Câmara Federal. Nesse caso o partido vai optar pelo sacrifício de um dos seus líderes, priorizando a reeleição de Renildo ou colocando o nome da presidente nacional do partido. Lembrando que o potencial de votos de Luciana é bem maior que o de Renildo, é lógico que isso vai ser levado em consideração na hora de fazer a escolha.
Na verdade ao governador Paulo Câmara além de anunciar o nome de Danilo Cabral como pré-candidato da Frente Popular, vai ter ainda a tarefa de apagar alguns princípios de incêndios dentro da base governista. Os burburinhos são inevitáveis entre os aliados palacianos, todos eles vão servir para ajudar a consolidar a chapa que será anunciada ou provocar desgastes. Quem anda de olho nesses acontecimentos são os aliados de Miguel Coelho, qualquer erro na Frente Popular será um acerto para o Aliança Brasil.
