0
 
Rio Acre está mais vulnerável a secas e cheias extremas, diz estudo
Estudos hidrológicos feitos por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) em parceria com a Agência Nacional de Água (ANA) demonstram que o Rio Acre tem apresentado níveis cada vez mais extremos, tanto nas enchentes quanto nas secas.
O nível médio do rio é de 7,5 metros, mas medições recentes mostram variações extremas desse número. Em 2011, o rio atingiu uma lâmina d’água de 1,5 metro, a segunda menor em 40 anos. Já em janeiro de 2012, na época de cheia, o alagamento atingiu 17,6 metro, bem acima do estado de alerta, que é de 13,5 metros.
O rio entra agora em mais um período de seca e, segundo o estudo, a tendência é que a situação seja ainda pior. Segundo a assessora técnica e engenheira florestal da Sema, Vera Reis, em entrevista à Agência Brasil, as medições do nível do rio chegaram a 2,05 metros e vão baixar ainda mais. “Nesta fase temos problemas de desabastecimento fortíssimo”, disse.
Os estudos apontam que as “alterações extremas” do Rio Acre são causadas pelo desmatamento, por ocupações irregulares, pelas queimadas e pela expansão das estradas. No período de estiagem, o rio é abastecido por lençóis freáticos que ficam comprometidos por essas ações.
Para melhorar a avaliação preventiva de cheias e secas, foi montada uma Unidade de Situação na Universidade Federal do Acre. Em parceria com a ANA, a unidade deve iniciar o funcionamento a partir deste ano. Segundo a Sema, estão sendo tomadas também medidas de conservação e preservação do Rio Acre. Entre elas, a recuperação de nascentes e plantio de mudas frutíferas em habitações ribeirinhas.
A falta de saneamento básico em bairros na beira do rio, como o Taquari na capital Rio Branco, é outro desafio a ser enfrentado. Ao visitar o bairro, a reportagem da Agência Brasil constatou derramamento de esgoto não tratado nas margens do rio. Os moradores não têm água potável, nem rede de esgoto.
Fonte: ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome