De olho em 2014
Confira o comentário feito pela colunista de política do Diário de Pernambuco, Marisa Gibson, sobre a relação entre a eleição de Fernando Filho e as possibilidades do ministro Fernando Bezerra Coelho ser o candidato da Frente Popular ao governo do estado em 2014.
Perspectivas
É certo que o governador Eduardo Campos (PSB) tem muita ousadia política, mas ninguém acredita que em 2014 ele repetirá o mesmo que fez com Geraldo Julio na eleição para a Prefeitura do Recife: tirar um candidato do colete para disputar a sucessão estadual. Isso traz de volta as especulações em torno do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e do ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), da Integração Nacional, como nomes fortes para a sucessão estadual. As discussões sobre as candidaturas ao governo do estado, que ficaram em banho-maria em função das campanhas municipais, sobretudo a do Recife, voltarão a movimentar os partidos tão logo se encerrem as eleições, e com um fator novo a ser considerado: os petistas, ganhando ou perdendo a eleição, devem ficar fora do palanque de Eduardo em 2014. Até pouco tempo o PT era considerado o partido preferencial em função da aliança nacional entre socialistas e petistas, caso o candidato ao governo não fosse do PSB. Mas veio a divisão da Frente Popular, e os petistas podem novamente ficar fora das asas do governador na sucessão estadual. E sem o PT por perto, até mesmo pela presença do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao lado de Eduardo, o senador Armando Neto e o ministro Fernando Bezerra Coelho fica mais perto de emplacar o sonho de disputar o governo. Pelo mapa eleitoral do estado, Armando trabalhou bem as alianças municipais em todo o estado, o que o coloca numa posição confortável. Por ser do PSB, Bezerra Coelho tem precedência sobre o senador petebista, mas se o ministro perder a eleição em Petrolina, o caminho poderá ficar livre para Armando que, depois de amargar um distanciamento do Palácio conseguiu retomar o diálogo político com o governador.