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Equipe da Defesa Civil se qualifica no Japão para atuar em caso de abalos sísmicos

No mês de julho, uma comitiva da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de Minas Gerais (Cedec-MG) foi ao Japão, à Província de Aichi, dando início a um intercâmbio que tem o objetivo de compartilhar experiências e informações sobre desastres e prevenções. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Gabinete Militar do Governador, por meio da Cedec, e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).

No país, os danos causados por abalos sísmicos são freqüentes e superiores aos causados em muitas partes do mundo e, por isso, o Japão tornou-se um benchmarking na prevenção de desastres. “Considerando o estágio evolutivo do Japão nas ações de defesa civil, o Brasil precisa aperfeiçoar os mecanismos existentes de minimização de desastres”, afirmou o Secretário Executivo da Defesa Civil de Minas, tenente coronel Fabiano Villas Bôas.
Por meio da comitiva mineira, o Governo de Minas Gerais apresentou, durante a visita, uma carta de intenções assinada pelo governador Antonio Anastasia, a fim de estreitar laços de cooperação em diversas áreas. Este ano, já está prevista uma visita de representantes da Província de Aichi a Minas Gerais, dando continuidade ao intercâmbio. A Cedec prepara, ainda, uma série de cursos, palestras e workshops em Montes Claros, com a participação dos professores da Universidade de Nagoya.
Defesa Civil nas Escolas
Em Minas Gerais, a Cedec, em parceria com a Secretaria de Educação, iniciou no ano passado o projeto Defesa Civil nas escolas. O programa deve ser ampliado e amadurecido nos moldes do modelo japonês, com a preparação dos professores da rede pública estadual. “No Japão, a defesa civil é ensinada nas escolas de forma multidisciplinar, gradual e empírica, através de simulados que ocorrem com a participação da escola e de voluntários. Em Minas, queremos potencializar o ensino de defesa civil nas escolas”, explicou Villas Bôas.
Em 2007, foi registrado no Distrito de Caraíbas, município de Itacarambi, no Norte do Estado, a primeira morte provocada por terremoto no Brasil, provocando a destruição de 76 residências. Os estudos apontaram a magnitude de 4,9° graus na Escala Richter de intensidade.
Este ano, em Montes Claros, também no Norte do Estado, foram registrados dois sismos em toda a área urbana. O primeiro abalo atingiu a magnitude de 4.2° na escala Richter. Oito residências foram destruídas e várias pessoas sofreram ferimentos leves. “A culpa dos ferimentos não foi o movimento de terra, mas sim, do despreparo da população, que deve aprender a lidar com isto. Estamos caminhando neste sentido”, revelou o tenente coronel.
Fonte: Agência Minas.

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