Sitio das Lajes a capital mundial dos vaqueiros

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Durante três dias uma vez ao ano, o sitio das lajes em plena caatinga da cidade de Serrita Sertão Central de Pernambuco, se transforma na capital mundial dos vaqueiros. Gente de toda parte do Brasil e alguns de outros países, deixam de lado sua naturalidade, regionalidade ou, nacionalidade, é apenas cidadão da cidade de Raimundo Jacó.
Sexta feira 20 de julho, quase 14 horas, já era grande o movimento de pessoas na capital dos vaqueiros, lá nós encontramos a jovem Jocélia (foto), natural de Ouricurí, há vários anos participa das festividades em homenagens ao vaqueiro Raimundo Jacó, com ela sua amiga Rafaela de Petrolina.
Encontramos também seu Ozinaldo Cordeiro, comerciante da cidade de São Caetano, adepto aos costumes dos vaqueiros e, defensor intransigente da natureza. Ozinaldo participa das homenagens a 25 anos, neste período aconteceram muitos fatos, dignos de serem contados como historias de vaqueiro aboiador, um deles conta seu Ozinaldo, a caatinga seca pegava fogo, é costume na região os proprietários de terras, fazerem queimadas para aumentar o pasto para o gado, Ozinaldo deparou com uma cena dramática quando o fogo tomava direção para uma velha baraúna, segundo o próprio Ozinaldo, a arvore tem aproximadamente 300 anos, Ozinaldo então não pensou duas vezes, apagou o fogo e colocou uma placa na velha baraúna, com os seguintes dizeres; “Esta planta está protegida pelas Leis de Lampião e Luiz Gonzaga,” o proprietário das terras, procurou Ozinaldo para lhe comunicar, que a partir daquele dia a velha baraúna não sofreria mais nenhuma ameaça. Todos os anos no período das festividades, seu Ozinaldo convida um amigo para conhecer a velha baraúna, este ano é vez do amigo armando Ferreira de Porto Seguro na Bahia.
Também tivemos o privilegio de conversarmos com dona Nadi, corretora de imóveis em Caruaru, há 12 anos participa ininterruptamente das festividades em homenagens ao vaqueiro Raimundo Jacó. Nadi conta que sempre foi apaixonada por tudo que tem ligação com o sertanejo, a vida do vaqueiro é sofrida embora bonita, quando ouviu falar da festa em Serrita, teve vontade de conhecer,  atraída pelo som de Luiz Gonzaga, não pensou duas vezes junto com a família foram conhecer a capital dos vaqueiros.
A paixão pela festa é tão grande que segundo dona Nadi, mal termina uma e já começa a se preparar para a próxima. Nadi exibe com orgulho as fotos que tira a cada edição, são centenas que registram os momentos especiais os encontros com amigos, as novas amizades, as fotos confirmam através das imagens que a cada ano os sonhos de dona Nadi são realizados.
 
Ainda estivemos com Antonio de Mundico, vaqueiro apaixonado pelo que faz, morador da região do Sitio das Lages, Antonio está presente nas ultimas 38 edições das 42 edições da festa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó. Antonio de Mundico ajuda na organização, amigo intimo da família conheceu como poucos o fundador da festa, o Padre João Câncio, matem amizade próxima com toda família.
 
Patrício é genro do fundador da festa, o Padre João Cancio. Na organização é um dos responsáveis por quase tudo, atento a todos os detalhes, orienta cada um em seus devidos lugares, já goza de uma amizade com personalidades de todo canto do Brasil e de outros países. Mesmo com tantas ocupações teve a gentileza de nos acompanhar, em uma volta por todo o parque, nos apresentou a alguns amigos, entre eles dona Nadi.
 
Este ano a organização homenageia também o centenário de Luiz Gonzaga, uma estrutura gigantesca foi montada em plena caatinga para atender mais de 50 mil pessoas, a Policia Civil disponibiliza de uma unidade móvel de atendimento, a Policia Militar faz ronda permanentemente para garantir a segurança dos visitantes, a Secretaria Estadual de Saúde através da 7ª regional, mantém uma equipe de profissionais 24 horas desde a segunda feira, a enfermeira Mikaeli Vasconcelos e a Técnica em enfermagem Rosangela Fátima, estavam de plantão e nos atendeu gentilmente.

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