“Durante as emergências, meninas e meninos encontram-se mais expostos às situações que podem afetar permanentemente seu desenvolvimento físico e psicológico. O Brasil está dando um passo inovador e também colocando os direitos humanos de crianças e adolescentes no centro da ação de preparação, resposta e recuperação das emergências. É importante que a criança tenha prioridade absoluta”, explica o representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl.
Gary Stahl destacou que o Unicef promoverá a capacitação de profissionais que atuam na área de Defesa Civil. “Vamos capacitar também atores da sociedade civil, que tem um papel importante na resposta às urgências, aproveitando toda experiência do Unicef”, afirmou. O Unicef atua há seis décadas nas mais complexas emergências em todo o mundo como, por exemplo, no terremoto no Haiti (2010), no tsunami no Sudeste Asiático (2004) e na seca no Chifre da África (2011). Para Gary Stahl, a iniciativa pode ajudar o Brasil na candidatura ao Comitê dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão sobre novos integrantes do órgão será tomada no fim deste ano.
A parceria faz parte do Proto-colo Nacional para a Proteção Integral de Crianças e Adolescen-tes firmado na abertura da conferência. A medida assegura que crianças e adolescentes tenham prioridade no planejamento de ações de proteção humana. De acordo com o documento, “tais grupos etários são especialmente vulneráveis em situações de riscos e desastres, não apenas pelas consequências imediatas (riscos de morte, maior exposição a doença e violência), mas também em longo prazo, com relação ao seu desenvolvimento futuro (atraso escolar, sofrimento psíquico, reabilitação motora, entre outros)”.