Biomédica esteta explica como a exposição solar pode ser prejudicial e dá dicas para se proteger
Com o verão brasileiro se aproximando, é importante que o debate sobre os cuidados e a saúde dermatológica deixe de ser apenas estético. Uma pesquisa solicitada pela TheraSkin, farmacêutica brasileira especialista no maior órgão do corpo humano, e realizada pela Ipsos mostrou que, em 2022, em todo o Brasil, 86% da população possuía problemas de pele, como doenças e alergias. Dentre tantos fatores, a exposição ao sol é um dos mais preponderantes para o desencadeamento delas.
“Esse tipo de exposição, quando feita de forma desprotegida, afeta a hidratação do corpo. Isso acontece, por exemplo, em idas à praia ou piscina. Os raios UVB e UVA penetram profundamente no tecido da pele, causando danos ao DNA e resultando em uma ou mais reações inflamatórias, como ressecamento, queimaduras, formação de rugas, agravamento de doenças de pele e, até mesmo, câncer”, explica Clara Caldeira, docente do curso de Biomedicina da UNINASSAU Petrolina.
No verão, também é comum as pessoas suarem bastante e, consequentemente, desidratarem. A biomédica esteta dá dicas para manter o corpo hidratado. “É importante ressaltar que nada substitui a ingestão da água. Mas, além dela, é preciso beber bastante líquido, como sucos e água de coco, e comer frutas, principalmente as mais refrescantes. Melancia, abacaxi, uva e melão são ótimos complementos. Paralelo a isso, outra alternativa interessante é fazer o uso de hidratantes corporais e faciais”.
Sobre o cuidado antes e durante a exposição ao sol, Clara indica o uso do protetor solar. “É sempre bom investir em um FPS de, pelo menos, fator 50, retocando a cada 2h quando houver exposição direta ou mergulhar na água. A regra para saber a quantidade ideal é a seguinte: preencher três dedos das mãos ou uma colher de chá com o produto a ser distribuído pelo rosto e colo. Caso tenha manchas, como sardas e melasma, o ideal é optar por protetores com cor. Eles vão preservar ainda mais a pele e evitar que elas aumentem ou escureçam”.
Após a exposição, a atenção deve continuar. “A hidratação com cremes e pós-sol vai impedir o ressecamento da pele, permitindo que ela se recupere das agressões causadas pelos raios ultravioleta, acalmando-a e reduzindo a vermelhidão. Uma dica é buscar por ativos hidratantes que possuem uma compatibilidade maior com o pH do corpo e rosto, como as ceramidas, vitamina E, manteiga de karité, ácido hialurônico e óleo de semente de girassol. A vaselina também é uma ótima opção custo-benefício”.
O cuidado com a pele vai além da estética e não se restringe somente ao verão. Ele deve se tornar um hábito diário para a preservação da saúde dermatológica. Por meio de práticas simples, como a hidratação adequada do corpo e a aplicação de protetor solar, não apenas é possível preservar a beleza da pele, mas também evitar os riscos oriundos da exposição prolongada ao sol.