Obras beneficiam pequenos negócios paraibanos
Sebrae trabalha para que a população aproveite as oportunidades geradas pela transposição das águas com o uso racional dos novos recursos
Luciana Oliveira
Transposição do rio São Francisco beneficia 127 municípios da Paraíba
João Pessoa – A transposição das águas do Rio São Francisco promoverá o desenvolvimento de pequenos empreendimentos em 127 municípios da Paraíba. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, apresentou, nesta semana, a obra realizada pelo governo federal e ressaltou que 2,6 milhões de cidadãos do estado serão beneficiados pelo investimento. “Os microempreendedores do interior poderão aproveitar as oportunidades em diversas áreas, como a caprinovinocultura e a fruticultura, por exemplo”, afirmou.
O Sebrae na Paraíba vai realizar um trabalho para sensibilizar a população dos municípios que serão influenciados pela transposição do rio São Francisco. A instituição implementará projetos que incentivam as cadeias produtivas no campo e na cidade. “É preciso planejar com antecedência e não esperar a água chegar. Atuaremos em três linhas: orientação empresarial, organização das cadeias produtivas e incentivo à implementação da Lei Geral, que beneficia os pequenos negócios”, destacou o gerente da instituição, Edilson Azevedo.
A previsão é que o eixo leste da obra, que vai da barragem de Itaparica até o município de Monteiro (PB), esteja pronto no final de 2014. O governo federal prevê que a transposição completa do rio São Francisco deve ser concluída no ano seguinte.
O presidente da Federação dos Municípios Paraibanos (Famup), Buba Germano, destacou que a prioridade da água que chegará à Paraíba será o abastecimento humano e animal. O excedente poderá ser utilizado para irrigação agrícola. “É importante que os gestores municipais também estejam atentos para essas oportunidades e organizem seus orçamentos”, disse Buba, que é prefeito do município de Picuí.
De acordo com o projeto apresentado pelo ministro Fernando Bezerra, o estado será beneficiado pelos dois eixos da obra (leste e norte). “Com a transposição, a água se transformará em insumo econômico para ações indutoras do desenvolvimento regional”, destacou Bezerra.