Ao todo, foram três ações civis públicas de improbidade administrativa. Dessas, duas estão relacionadas à contratação de shows com preços superfaturados. A última ação, que motivou o pedido de afastamento, se refere a fraudes cometidas pelo prefeito no processo de licitação para serviços de limpeza urbana. “Chama atenção pelo fato de que a empresa não existia. Uma empresa que não existia e foi criada há um mês de repente passou a prestar serviços de limpeza por um valor exorbitante. E com um contrato de licitação que foi criado para beneficiar aquela empresa. Foi um processo licitatório que aconteceu de forma espetacular, em um dia”, disse o promotor de Maraial, Jorge Dantas.
Além do afastamento do prefeito, o Ministério Público pede também a perda do cargo e a suspensão dos direitos políticos de Marcos Antônio Soares para que ele não possa votar nem ser votado num prazo de cinco a oito anos. A promotoria quer também que ele devolva o dinheiro e pague uma multa de 100% sobre o valor do prejuízo. “É o estado organizado estando de alguma forma correndo atrás e tentando descobrir esse tipo de fraude. Na medida do possível, e com a maior rapidez possível para punir exemplarmente este tipo de gestão”, concluiu Dantas.
O prefeito de Maraial disse que está preparando os documentos de defesa para recorrer da sentença. Ele afirma que as denúncias são referentes a uma ação municipal do exercício de 2009, mas as contas dele haviam sido aprovadas pelo Tribunal de Contas. Marcos Antônio se diz tranquilo porque tem plena consciência da sua inocência.