Seria hilário não fosse de total irresponsabilidade fatos que testemunhamos nas administrações públicas deste país. Em Abaré/BA, município situado a 550 km da capital Salvador a nova gestão municipal que aparentemente não se situou da responsabilidade a ser dispensada no trato administrativo de um ente federado comunga um desempenho preocupante para os próximos quatro anos. Na verdade o que se tem visto pelas ruas da cidade e dos seus distritos é uma mobilização de incertezas até com relação à real existência de um novo administrador. O que se comenta é que o momento vivido por aquele município é de apenas uma extensão da antiga administração por mais quatro anos já que o antigo gestor Sr. Delisio Oliveira (PMDB) assumiu um cargo na Administração Geral, ou seja, uma posição privilegiada e inclusive com status de Prefeito tomando pra ele atribuições que seriam direcionadas ao então empossado Benedito Pedro da Cruz (PMDB) que se quer interferiu na criação de uma equipe de governo permanecendo no quadro pessoal de Secretários praticamente inalterado. Para se ter uma idéia da pouca influência do novo gestor até mesmo a Logomarca e “Slogan” da antiga administração permanece sem nenhuma alteração dando a impressão de um excessivo e, talvez, exorbitante uso do principio da continuidade.
A educação enfrenta uma crise interminável de evasão escolar. O exercício 2013 foi iniciado em algumas escolas com atrasos consideráveis, principalmente no distrito de Ibó que contou com reformas emergenciais nos prédios de algumas delas que já comprometiam a segurança dos gestores e estudantes o que elevou o prazo de retorno as aulas, inclusive na educação infantil onde é possível encontrar estabelecimentos de ensino ainda em reforma e as famílias aguardando o reinicio das atividades escolares para disponibilizarem aos filhos o direito constitucional que lhe é conferido, receber do estado o aprendizado. Nas escolas do distrito de Ibó, professores se aglomeram para dividir espaço e cumprirem a carga horária já que com o numero reduzido de alunos sobram professores do quadro efetivo e pra piorar a situação juntam-se ao quadro de educadores aqueles profissionais contratados à base do “apadrinhamento” como de costume nas gestões municipais. Além disso, os professores do quadro efetivo ameaçam entrar em greve, pois se encontram sem receber o décimo terceiro salário que deveria ter sido pago até 20 de Dezembro do ano passado (2012) deixando confuso o destino da educação daquele município.
Na infra-estrutura a surpresa. Analisando a imprensa oficial do município em sua edição nº 1.101 de 21 de Fevereiro de 2013 é possível constatar o cúmulo num município que tem como “slogan” de sua administração “desenvolvimento com justiça social”. Procura-se a justiça social quando se lê o disposto no contrato de prestação de serviço nº 158/2013 onde se ver um veículo de Luxo Chevrolet S 10 direcionada para coleta de lixo urbano no distrito de Pambú quando na verdade trata-se de um carro de passeio de uma correligionária eleitoral dos atuais gestores. Essa Justiça social é verdadeiramente questionável quando um veículo a serviço da comodidade de uma família recebendo do erário público o valor absurdo de R$ 7.800,00 (sete mil e oitocentos reais) mensalmente em detrimento de uma sociedade que clama por um tratamento que ultrapasse o interesse individual de cada um.
