Brasil ‘supersalários’ de funcionários públicos no Maranhão

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No Maranhão, um dos Estados mais pobres do Brasil, os legisladores concederam a si mesmos o equivalente a 18 salários mensais – cada um no valor aproximado de US$ 10 mil – num único ano, justificando a modificação como subsídio em função do custo de vida.
A nova lei da liberdade de informação, apoiada pela presidente Dilma Rousseff, que recebe aproximadamente US$ 174 mil anuais, pretende denunciar tais práticas. Sem surpresas, interesses governamentais arraigados estão demorando em cumprir a lei.
Quando finalmente o Congresso decidiu em 2012 permitir às pessoas o direito de obter informações salariais de seus funcionários, ele exigiu que fosse achado o nome de cada funcionário para ser solicitado online. Trocando em miúdos, se alguém quisesse dados sobre os 25 mil trabalhadores do legislativo, a pessoa teria de identificá-los de forma independente e enviar 25 mil pedidos diferentes.
Quem dera fosse mais fácil aqui em São Paulo. Uma servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivete Sartorio, teria recebido US$ 115 mil após convencer os superiores de que deveria ser compensada por não tirar licenças. Porém, quando recentemente questionado sobre seus salários, Rômulo Pordeus, falando em nome do Tribunal, afirmou ser necessário ter o ‘número da matrícula’ de Sartorio para atender à solicitação.
Quando questionado como um contribuinte curioso poderia obter tal número, ele respondeu que Sartorio tinha sua posse e o assessor não desejava incomodá-la a esse respeito.
‘Não vou pedir o número da matrícula dela porque é chato, entendeu? Ninguém gosta de contar quanto ganha.’
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