O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), assinou nesta quarta-feira (30) o contrato formal com o maior patrocinador do Carnaval 2013, a Ambev, que está investindo R$ 5,25 milhões na festa. Quem formalizou o negócio foi o próprio presidente da indústria de bebidas, João Castro Neves, que está em Salvador acompanhado dos principais executivos da marca para fechar os últimos detalhes da operação. Durante o evento, o prefeito afirmou que, apesar das melhoras propostas pelo poder público e os parceiros comerciais, a festa deste ano deve ser vista como o fim de um ciclo. “Será um Carnaval melhor que o de 2012, mas ainda muito distante do que pensamos para Salvador, até porque o modelo precisa ser revisto em muitos pontos, e o redesenho começará já na quarta-feira de cinzas”, garantiu. Antes de deixarem a coletiva para cumprir outros compromissos, o prefeito ACM Neto e o secretário Bellintani disseram com exclusividade ao Terra que, entre domingo e segunda-feira próximos, irão pessoalmente a todos os camarotes instalados nos circuitos do Carnaval para uma vistoria final dos itens de segurança, dando continuidade ao processo de fiscalização que vem desde o início do mês.
Neto prometeu investimento na construção de um calendário de eventos que dure o ano todo, evitando a concentração de turistas e arrecadação apenas entre novembro e fevereiro. Com o aceno de mudança nos modelos de patrocínio no verão soteropolitano, o que inclui a possibilidade de cotas abrangentes para as ruas, blocos e transmissão de TV, a Ambev parece disposta a redobrar os esforços e causar boa impressão. Entre as ações propostas deste ano estão um aplicativo de celular com GPS que dará a localização de blocos, camarotes e serviços principais em toda a cidade, estruturação da festa nos bairros populares de Cajazeiras, Itapoan e Periperi, distribuição de kits de trabalho para ambulantes e a criação de uma zona de acesso gratuito à internet entre o Farol da Barra e o Morro do Cristo. Além disso, a marca repetirá a ação inaugurada ano passado, a instalação dos banheiros contêineres, com infraestrutura diferenciada e ar-condicionado. A previsão é de 16 unidades espalhadas pelos circuitos Dodô e Osmar. “Apesar de a população cobrar mais, temos limitações porque os pontos precisam de ligação, água e energia, além de não poderem atrapalhar o fluxo de pessoas”, explicou o gerente regional de marketing da Ambev, Lincon Castro.