Quatro anos de investigação presidida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo culminaram na identificação e denúncia dos seis principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuam em Ribeirão Preto.
O grupo é acusado de integrar a facção criminosa que “recrutou” 7.800 integrantes no Estado para o tráfico de drogas e armas pesadas, além de homicídios de desafetos, adversários e agentes públicos – inclusive a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Fabio Mois de Oliveira (chamado de Fabinho ou Mexicano), Jonathan Douglas de Oliveira (Nenem ou Ventania), Rodrigo Boschini (Boy ou Billi), Rodrigo Aparecido Ponce Marto (Babão), Jonathan da Silva Santana (o Mineiro), Edson Ramos Torres (Rian) e Luís Bellini estão entre os 175 chefões denunciados anteontem à Justiça por formação de quadrilha armada.
Apesar de o Ministério Público ressaltar que os acusados jamais mantinham contato físico com qualquer substância entorpecente, todos são acusados de contribuir direta ou indiretamente para o tráfico de drogas no Estado.
Foi a mais longa investigação já registrada contra a facção criminosa no país. No total, 23 promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado participaram da ofensiva, que resultou no apontamento da função de cada um dos líderes, em quase 900 páginas da denúncia.
