O Google e o Facebook, além de serem, respectivamente, um site de buscas e uma rede social, tornaram-se as maiores empresas para a veiculação de anúncios online.
Contudo, a utilização de métodos fracos para analisar a confiabilidade dos anunciantes faz com que essas empresas também sejam um meio para a propagação de phishing, crime virtual em que golpistas roubam dados pessoais das vítimas. Um exemplo disso são as publicidades falsas de cartão de crédito.
Neste artigo, vamos explicar como esse tipo de phishing acontece e como as plataformas os removem de suas propagandas.
Como são as propagandas falsas de cartão de crédito?
Por ser uma das modalidades de pagamento mais populares, existem diversos anúncios enganosos envolvendo cartões de crédito. Os mais recentes e proeminentes envolvem a devolução de dinheiro aos usuários de certas bandeiras de cartão.
O chamado “recall de cartão de crédito” contém uma imagem ou vídeo com a mensagem que os bancos estão devolvendo parte do dinheiro usado em compras com esse serviço. Os golpistas levam as vítimas a inserir dados do cartão, alegando que essa é a maneira de conseguir a suposta devolução.
Outra forma comum de promover golpes relacionados a cartões de crédito é através de anúncios que se passam por bancos famosos. Ao clicar no banner, a vítima é levada para uma página falsa, para a contratação de um cartão de crédito, que roubará os seus dados.
Como o Google remove os anúncios falsos?
A discussão sobre crimes virtuais é recente, assim como as táticas definidas pelas plataformas para lidar com o problema. Em 2020, o Google começou a exigir documentação para evitar que empresas falsas utilizem o seu serviço de publicidade.
Porém, muitos anunciantes parecem escapar desse método, já que golpes continuam sendo veiculados. Por isso, a empresa também utiliza a inteligência artificial e um sistema de denúncias, para encontrar conteúdos potencialmente nocivos e removê-los da plataforma.
Como o Facebook remove as propagandas falsas?
Para evitar o compartilhamento de anúncios enganosos, o Facebook usa uma estratégia similar ao Google: a verificação da empresa.
Contudo, ao contrário do site de buscas, essa rede social não exige a verificação para anunciantes que pagam faturas mensais em vez de propagandas isoladas. Desta forma, essa plataforma é a ferramenta perfeita para a veiculação de phishing.
Sobre a remoção dos anúncios falsos, o Facebook costuma retirá-los apenas quando há denúncias ou quando o conteúdo, analisado pelos algoritmos, apresenta alguma ameaça. Porém, é difícil definir, sem uma busca ativa, quais publicidades são realmente verdadeiras.
O que fazer para não cair em anúncios falsos de cartão de crédito?
Em casos extremos, o Google e o Facebook recebem uma notificação do Ministério da Justiça para retirar os conteúdos maliciosos do ar. Mas, para que isso aconteça, é preciso, primeiro, que muitas pessoas caiam no golpe e denunciem.
Então, é recomendado saber diferenciar os anúncios falsos dos verdadeiros. Algumas dicas para não ser enganado por propagandas com fake news na internet são:
- desconfiar de ganhos muito promissores, recurso usado para atrair mais vítimas,
- checar a URL, ou seja, o link do site;
- procurar sobre a promoção em portais de notícia;
- fazer uma busca sobre a confiabilidade da marca em sites como o Reclame Aqui;
- olhar as redes sociais oficiais da marca em busca da divulgação do evento.
E o mais importante: nunca insira dados pessoais em páginas da internet ou faça pagamentos para conseguir algo que, supostamente, é gratuito. Fique alerta, pois a internet está cheia de pessoas maliciosas. Também compartilhe este conteúdo para divulgar essas informações importantes.