Todos já ouvimos falar que alguém é o “boi de piranha” em uma situação de conflito. Segundo o professor Ari Riboldi, “o boi de piranha é aquele que se submete ou é submetido a um sacrifício para livrar outra pessoa de uma dificuldade ou da culpa”.
Quando um boiadeiro quer atravessar um rio infestado de piranhas, sacrifica um boi fraco, joga-o ao rio, atraindo desta forma os cardumes carnívoros. Assim, o restante da boiada consegue atravessar o rio sem grandes dificuldades. A expressão “boi de piranha” tornou-se popular, significando que algo de pouco valor pode ser sacrificado para que outros possam sobreviver.
Em todos os momentos da historia do Brasil em que algo aconteceu envolvendo um nome, ou, mais, em casos de corrupção, logo é providenciado o nome de alguém para cumprir o papel do “boi de piranha”. Não muitos dias atrás o Brasil inteiro e os manifestantes de plantão, protestavam contra as candidaturas dos presidentes da câmara dos deputados e do senado federal. Aí entra a velha e conhecida jogada política dos profissionais, arruma um boi, joga no meio do rio das manifestações, as piranhas vão atacar e consequentemente os demais passam pelo rio sem nenhum problema.
No caso especifico de Brasilia hoje, quem seria o boi de piranha da vez, o deputado Marco Feliciano, afinal de contas ele representa na câmara uma pequena minoria. Os holofotes, as câmeras, os gravadores, repórteres de todo o quanto é canto, só querem saber de Marco Feliciano, os demais já foram esquecidos, tudo leva a crer que mais uma vez a velha tática vai funcionar, o boi de piranha, nesse caso o deputado Marco Feliciano já sendo devorado, enquanto isso, sem nenhum arranhão, os demais vão passar pelo meio do rio que corta a política do Brasil.
E viva o boi de piranha, o herói brasileiro!