As investigações do Governo Federal sobre o vazamento de petróleo que vem atingindo o litoral nordestino desde setembro foram analisadas na reunião plenária dessa terça, pelo deputado Clodoaldo Magalhães, do PSB. O parlamentar afirmou que sobram insinuações de que houve “ecoterrorismo” praticado por ONGs e faltam esclarecimentos sobre o desastre ambiental, por parte da União.
Segundo Clodoaldo, os governantes da região estão sem informações sobre o caso, e desconhecem a dimensão dos danos ambientais: “Infelizmente, as dúvidas continuam, mas essa investigação precisa realmente prosseguir, e nós precisamos realmente acabar com essas teses absurdas, ideologizadas, tanto para um lado quanto para o outro, porque esse é o momento de unirmos a sociedade brasileira, da mesma maneira que a população está fazendo, os políticos, a política, fazer o papel dela, que é também com união de esforços chegar à conclusão das investigações e restaurar, resgatar, tudo o que for possível do nosso bioma.”
O deputado José Queiroz, do PDT, sugeriu que o Governo do Estado elabore uma campanha de comunicação para informar a população sobre os riscos e perigos do derramamento, inclusive para esclarecer que as praias continuam próprias para o banho: “Precisamos ter cuidado com as informações que são prestadas, porque vimos agora, de uma hora da tarde, o noticiário na Bahia onde se recomenda que os banhistas não vão à praia. Isso é de uma gravidade imensa, que pode ser uma cadeia para todo o Nordeste, acabando com o movimento turístico da região na fase que talvez seja a mais áurea do ano todo.”
O líder da Oposição na Assembleia, Marco Aurélio Meu Amigo, do PRTB, apontou a politização do desastre ambiental. Segundo o parlamentar, a proposta de uma CPI na Câmara Federal, apresentada pelo deputado federal João Campos, é uma tentativa de tirar proveito dessa catástrofe: “Essas pessoas precisam entender que a política está mudando. Que esse tipo de política não cresce. Esse tipo de política não faz crescer. Seria muito melhor que, calado, alguns desses que querem aparecer, e surfar nesta onda, ajudassem o meio ambiente, ajudassem o ecossistema, com um simples gesto, tirando uma pequena garrafa PET na beira da praia de Boa Viagem, que é a praia mais bonita do Brasil, que é o nosso cartão postal. Mas tem gente que prefere ficar surfando na desgraça.”
Nessa terça, Priscila Krause, do Democratas, foi à tribuna apontar uma irregularidade em projeto do Governo Estadual em tramitação na Alepe que, segundo a parlamentar, extingue um dispositivo que garante orçamento mínimo para o Funcultura, entre outras iniciativas. Segundo a parlamentar, a medida não tem qualquer vinculação com o objeto da lei proposta, que trata do processo administrativo-tributário eletrônico do Estado: “Com muito boa vontade, a gente não consegue encontrar nenhuma vinculação, nem por afinidade, nem por pertinência, ou por conexão, entre o processo administrativo-tributário eletrônico e o Sistema de Incentivo à Cultura, muito menos ao ponto de se admitir suprimir, tirar, do Sistema de Incentivo à Cultura, a garantia orçamentária e financeira que se conquistou. Nesse caso, de 32 milhões de reais”.
A viagem de uma delegação pernambucana à China, na semana passada, para um evento de governadores realizado na província de Sichuan, estado-irmão de Pernambuco, pautou discurso de Waldemar Borges, do PSB. O parlamentar, que participou do encontro, disse que voltou “muito impressionado” com o desempenho econômico da província chinesa, e com as oportunidades que se abrem para o empresariado pernambucano.
O ranking dos hospitais mais bem equipados da América Latina, publicado em outubro pela Global Health Intelligence, incluiu o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, o Imip, e o Hospital Dom Malan, em Petrolina, entre os principais hospitais para acomodação de recém-nascidos. O fato ganhou destaque em pronunciamento de Dulcicleide Amorim, do PT, que solicitou Voto de Aplausos para as unidades médicas de Pernambuco.
Na reunião plenária dessa terça, João Paulo, do PCdoB, analisou os impactos da revolução 4.0 sobre a categoria dos comerciários. Segundo o parlamentar, pesquisas atestam a ascensão constante do comércio eletrônico, enquanto o varejo apresenta um “cenário de estagnação”. O deputado citou recente levantamento do IBGE apontando que o segmento só não teve queda maior em razão das vendas efetuadas pelos supermercados.
