A desertificação é definida como um processo de destruição do potencial produtivo da terra por meio da pressão exercida pelas atividades humanas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de regeneração é baixa.
O problema da desertificação passou a despertar o interesse da comunidade científica há mais de 80 anos, devido ao seu impacto social e econômico, uma vez que o processo ocorre de forma mais acentuada em áreas correspondentes aos países subdesenvolvidos. Além disso, a perda de solo agricultável vem aumentando significativamente, agravando ainda mais a situação das economias desses países.
Causas da desertificação
- Sobreuso ou uso inapropriado da terra (monoculturas comerciais como a cana-de-açúcar, soja, trigo, e etc);
- Desmatamento;
- Utilização de técnicas agropecuárias impróprias;
- Exploração descontrolada de ecossistemas frágeis;
- Queimadas;
- Mineração;
- Uso excessivo de agrotóxicos;
- Poluição;
- Secas;
Além dos fatores citados, causados pelo homem, há o fenômeno climático chamado de El Niño, que colabora para o agravamento do processo de desertificação. Sobrecarrega áreas semiáridas com longas secas e posteriormente causa inundações com chuvas intensas. Esse fator, porém, é controverso, pois muitos cientistas acreditam que a desertificação acaba por interferir nas mudanças climáticas, como o regime de chuvas.
Consequências da desertificação
- Redução das áreas cultivadas;
- Diminuição da produtividade agropecuária das áreas afetadas;
- Redução dos recursos hídricos;
- Aumento da poluição hídrica;
- Aumento das cheias;
- Aumento de areia nas áreas afetadas;
- Destruição da fauna e da flora.
Contudo, é preciso ressaltar que o processo de desertificação pode ser controlado, evitado, e até mesmo revertido, desde que haja o envolvimento dos governos, oferecendo auxílio técnico para o manejo dessas áreas e incentivando a preservação ambiental, de maneira que não ocorra uma sobrecarga de problemas nas áreas de risco.