Eik, cuidado com o peso do Maracanã

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Depois de Sérgio Naya, o vilão brasileiro dos últimos tempos chama-se Eike Batista. E ele merece, pois tem provocado a chamada opinião pública impunemente, durante muitos anos. Não é vilão por ter casado com a mulher brasileira mais gostosona, Luma de Oliveira, nem por ter um filho playboy de nome extravagante, Thor, que esteve envolvido na morte de um pobre ciclista.

Nem também por abandonar o estilo do pai, o genial Eliezer Batista, criador da Vale, até hoje um homem discreto, quase anônimo, certamente invisível. Eike é vilão porque consome bilhões e bilhões de reais do governo brasileiro sem produto aparente, sem resultado, com aparência de especulador financeiro.

É vilão porque comprou o tradicional Hotel Glória, do Rio, prometendo devolver ao local a sua majestade – e não vai conseguir inaugurá-lo tão cedo. Não deixa de ser vilão quando disse que seria o homem mais rico do mundo – sem resultado prático visível nas suas empresas. A bolsa brasileira, sem dúvida, há muito tempo vê Eike Batista como vilão, por manipular índices impunemente, influindo na vida deste ou daquele investidor.

Para completar, Eike associa o seu nome vilanizado ao principal símbolo do futebol, o Maracanã, do qual pretende tornar-se dono na prática. Isso mesmo, ele está ganhando licitação para administrar e explorar o estádio que custa ao governo do Rio mais de R$ 1 bilhão. Protestos surgem de todo lado, mas Eike permanece impassível como a sua cabeleira sintética, sem ouvir a voz das ruas.

Sérgio Naya teve um fim horrível por subestimar os fluidos negativos oriundos do povo, que fuzila qualquer vilão com o pensamento. Não há curandeiro no mundo que consiga proteger Eike da maldição da sociedade.

A única salvação será reconhecer suas falhas, numa submissão rápida à opinião pública. Não dá para continuar nos impondo um tipo acima de qualquer pressão, de qualquer ameaça. Afinal, pode não parecer, mas Eike é humano. E um Maracanã pode desabar na sua cabeça.

Blog do Riella

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