Em tempos de regime militar eis que surge lá do sertão pernambucano um cabra macho

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O Brasil vive momentos de incertezas quanto a força da democracia, se de fato estamos em épocas onde vale a pena acreditar na força e total independência das instituições. Tempos em que o mandatário número 1 da Nação fala um monte de besteira, desde o que desdenhou da Covid-19 ao que tenta humilhar o simples ajudante de serviços gerais.

Ainda vem o presidente do Congresso Nacional e diz que analisar postura de ministro do STF é promover ruptura de Poderes, enquanto que ministros do STF sem nenhuma preocupação com ruptura fazem o que querem. E nessa quebra de braço só um é quem dita às regras, e levado em consideração à velha máxima quando diz: ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’.

Revisitando a história recente do meu País, encontramos nela um sertanejo cabra da peste. Estou falando do senador Nilo Coelho, mesmo em tempos de regime militar, sendo ele do partido que dava sustentação política ao regime, não se curvou as vontades dos generais. Nilo era o Presidente do Senado e do Congresso Nacional, honrou o cargo até o último suspiro de sua vida.

Certo momento os generais do regime pensavam que Nilo se submeteria as suas vontades, aí tiveram a surpresa com a resposta clara e objetiva do sertanejo. “Não sou presidente do Congresso do PDS, sou presidente do Congresso do Brasil”. PDS era o partido que dava sustentação política ao regime, pelo qual Nilo foi eleito senador em 1978.

Rodrigo Pacheco, atual Presidente do Senado é lá das terras de Minas Gerais de Tiradentes; Juscelino Kubitschek; Tancredo Neves e Itamar Franco. Está sentado na cadeira que Nilo Coelho sentou, basta olhar para o retrovisor da história do próprio Senado, vai encontrar argumentos suficientes para fazer com que prevaleça a vontade do povo e o cumprimento da Constituição.

Presidente Pacheco ainda tem algo que seria bom que o senhor tivesse conhecimento, o senador Nilo Coelho começou na vida pública como candidato pela primeira vez pelo PSD. O mesmo partido de Pacheco nos tempos atuais era o de Nilo há quase 80 anos atrás, que hoje é integrado em boa parte por quem esteve no PDS de Nilo quando foi Presidente do Senado.

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