Fetape apresenta ao Ministro FBC propostas de combate aos efeitos da seca

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O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, reconheceu, durante reunião na manhã de Segunda(30/04), na sede da Fetape, que a Federação acumula uma experiência muito rica com o público atingido pela seca e tem propriedade e vivência para dar sugestões nas ações emergenciais e estruturais do Governo no combate ao problema. Nesse sentido, ele colocou como válido o pleito da direção da instituição, de participar do Comitê de Gerenciamento e Acompanhamento da Estiagem e do Comitê Água para Todos.

Ao entregar ao ministro o documento com uma série de reivindicações, o presidente da Fetape, Doriel Barros, destacou as questões mais urgentes: participação da Fetape nos comitês de discussão sobre a seca; aumento do valor da bolsa estiagem, de 400,00 para 680,00 reais; constituição de uma diretoria de agricultura familiar na Sudene; perfuração de novos poços; construção de mais cisternas de placas (possibilitando uma água mais limpa, além de gerar empregos e movimentar a economia local).  Ele ressaltou, ainda, a importância de que o papel da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) seja rediscutido, e que a instituição volte o seu olhar para a agricultura familiar. “A parceria do Governo com o movimento sindical é determinante para realização das metas”, disse Doriel.

Segundo o ministro, esta seca aguda e severa requer atenção e esforço do Governo Federal para garantir os investimentos na área hídrica. “O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vai investir cinco bilhões em recursos hídricos, sem contar a transposição, que soma oito bilhões, totalizando 11 bi”, destacou Fernando Bezerra Coelho.

Ele explicou, também, que o Comitê Integrado para ações emergenciais tem caráter mais executivo, para pensar em providências mais urgentes (não deixar faltar água, a questão da gestão dos carros-pipa, a Bolsa Estiagem etc), até o final do ano, com a expectativa que a estiagem melhore com o inverno, a partir de novembro.

Estiveram presentes na reunião, além de toda a diretoria da Fetape,  o vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Carlos Veras, o Secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, o prefeito de Águas Belas, Genivaldo Menezes, o secretário executivo da Agricultura Familiar, Aldo Santos, o deputado federal, Pedro Eugênio, o coordenador do projeto Dom Helder Camara, Espedito Rufin, o chefe de gabinete do deputado estadual Manoel Santos, João Rafael, e o  coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da ASA (Articulação no Semi-Árido Brasileiro), Antônio Barbosa.

Em sua fala, Antônio Barbosa, fez uma retrospectiva histórica, mostrando que seca igual a esta não ocorre desde 1982, e que ela não acabará em outubro: “É uma seca grave, porém previsível, que acontece a cada 30 anos, passível de medidas de prevenção. A próxima será em 2042. Por isso, devemos pensar no período pós-seca, com a formação de comitês regionais e locais, respeitando o olhar de cada região”.

Embora tenha avaliado a reunião como positiva, o presidente da Fetape afirmou: “o Governo reconhece as necessidades do campo, tanto do ponto de vista da ação emergencial, como das ações estruturantes. Então, é importante que haja realmente um compromisso do Estado em começar a implementar essas ações, abrindo espaço para que a sociedade civil participe dos comitês Estadual e Municipais. Não vamos abrir mão disso”.

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