França e Irlanda ameaçam acordo UE-Mercosul se Brasil não proteger a Amazônia

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Leo Varadkar, primeiro-ministro irlandês.

O primeiro-ministro da Irlanda ameaçou votar contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul se o Brasil não respeitar seus “compromissos ambientais”, em meio a críticas ao presidente Jair Bolsonaro pelos incêndios que assolam a Amazônia.

De maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre comércio UE-Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais“, declarou o primeiro-ministro Leo Varadkar em um comunicado divulgado na quinta-feira à noite.

Varadkar se disse “muito preocupado porque neste ano houve níveis recordes de destruição por incêndios na floresta amazônica“, e considerou que “os esforços do presidente Bolsonaro para culpar ONGs ambientalistas pelos incêndios são orwellianos“.

Após 20 anos de negociações, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram recentemente com a UE um Acordo de Associação que inclui seções de diálogo político e comercial. Os países do bloco europeu ainda devem dar seu aval ao texto para permitir sua entrada em vigor, que deve ter a aprovação da Eurocâmara, um procedimento que pode levar dois anos.

Ao longo dos dois anos, vamos monitorar de perto as ações ambientais do Brasil“, advertiu Varadkar. Os incêndios na Amazônia tiveram repercussão internacional na quinta-feira, com pedidos da ONU e de líderes mundiais para “proteger” o pulmão do planeta e convocatórias de protestos mundiais.

Afirmando que “nossa casa está queimando“, o presidente francês Emmanuel Macron propôs que a “crise internacional” da Amazônia seja uma prioridade na cúpula do G7 neste fim de semana em Biarritz (sudoeste da França).

A chanceler alemã Angela Merkel, por meio de seu porta-voz, também considerou que os incêndios na Amazônia constituem uma “situação urgente” que deve ser discutida durante a cúpula do G7.

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