Governo e Oposição em Pernambuco falam línguas diferentes quando o assunto é eleições

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Aliados do Governo falam a mesma língua mesmo sem ter escolhido um pré-candidato; oposição mesmo com vários nomes continua falando língua estranha.

Estamos a 21 dias do ano eleitoral, decisivo para Governo e Oposição em Pernambuco. Governo liderado pelo PSB de Miguel Arraes e Eduardo Campos, vai tentar manter o controle do poder conquistado em 2006. Oposição composta por diferentes partidos vai tentar chegar ao poder, o desafio é fazer com que nomes do interior se tornem competitivos.

O governo ainda não anunciou oficialmente o nome de quem vai tentar manter a hegemonia política do PSB, mesmo o nome do ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, sendo o preferido dos caciques do PSB. Alguns aliados e integrantes do governo prefeririam outro nome, aí entra o da secretária Fernandha Batista e do secretário Zé Neto. Zé Neto tem a preferência de integrantes de outros partidos e que são aliados do governo, a exemplo do deputado federal Sebastião Oliveira do Avante que já declarou varias vezes sua preferência.

A resistência ao nome de Geraldo Julio está até dentro do partido e de aliados próximos a Paulo Câmara, alguns desses ligados ao Palácio com quem conversamos não esconderam sua preferência pela secretária Fernandha Batista. Um desses foi até mais enfático ao dizer que se o PSB quiser manter a invencibilidade nas disputas eleitorais pelo governo de Pernambuco, tem que primeiro ser mais audacioso e não optar em hipótese nenhuma pelo ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, se não será derrota na certa.

Ainda dentro do bloco de partidos políticos de apoio ao governo do PSB em Pernambuco, está o PT de Marília Arraes e de Humberto Costa que almejam disputar o governo. Mesmo com a deputada Marília pontuando a frente de todos os outros nomes, o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco mantém uma sintonia com o Palácio e possivelmente abrirá mão de uma candidatura em torno da aliança nacional. O que mostra que mesmo com pensamentos divergentes, continuam falando a mesma língua.

Já a oposição liderada por DEM, PL e PSDB, por mais quem tenham em comum o desejo de derrotar o PSB, falam línguas entranhas e isso pode dificultar as pretensões dos três pré-candidatos. Anderson se diz aliado de Raquel e de Bolsonaro, Raquel se diz aliada de Anderson e totalmente contra Bolsonaro. Miguel faz um ótimo governo em Petrolina com o DNA de Bolsonaro, por outro lado e inexplicavelmente não faz defesa do Governo Federal, cujo pai é o líder no Senado.

Ou seja, Miguel Coelho, Raquel Lyra e Anderson Ferreira, estão no mesmo barco, cada um falando língua diferente. Um dos textos da Bíblia Sagrada lá no Evangelho de São Mateus no Cap. 12.25 descreve bem o comportamento de cada um e antever o resultado. “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”. Embora todos neguem que estejam separados, no entanto, não há sinais de um encontro entre os líderes das oposições de Pernambuco.

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