Justiça brasileira, privilégios de uns sacrifícios de outros.

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Pessoas aguardam nas calçadas o momento de suas audiências
Dr. Marcos Gadelha e os noivos
Estando no Fórum da cidade de Orocó, sertão do São Francisco, ficamos estarrecidos com as suas condições de funcionamento , principalmente porque foi criada em 2001 e inaugurada em 2003.
Funcionando em um prédio que antes servia como escritório de atendimento da Celpe, o fórum da cidade de Orocó é apenas mais um dos casos que mostram a disparidade como as coisas são tratadas no Brasil. Enquanto os privilégios são cada vez maiores nos palácios de justiça dos grandes centros, Brasil afora, as pequenas cidades convivem com a ausência de atenção especial. Assim foi com os noivos, Leliuldo Lima Tinário e Luzimar Conceição Santos Lima, integrantes da comunidade indígena truká da Ilha da Tapera município de Orocó, que chegaram ao Fórum no horário marcado, às 9:00hs, e conseguindo casar apenas às 11:00hs.
Inúmeras pessoas também se encontravam para resolverem suas pendências, o problema é que sem nenhum espaço físico adequado, para espera ou recepção. Todos, jovens, crianças, gestantes, idosos se apertavam em uma pequena sala de pouco mais de 5 metros quadrados. Os noivos por sua vez tiveram que ficar nas calçadas ou debaixo de uma árvore. O desconforto, segundo algumas pessoas, passa a ser humilhante, principalmente quando o cidadão com a saúde debilitada enfrenta o sol nas calçadas em busca do que lhe garante a constituição.

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