‘Justiça tardia não faz justiça’, diz Alckmin sobre júri do Carandiru

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Dois dias após a condenação de 23 policiais militares no júri popular do Carandiru, acusados pela morte de 13 detentos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que “a Justiça tardia não faz justiça.”

A declaração refere-se ao fato de o júri ocorrer mais de 20 anos e meio após o massacre, no qual 111 presos foram mortos. O julgamento da semana passada foi o primeiro de uma série de quatro júris do caso, previstos para ocorrer ainda neste ano.

Dos 23 PMs condenados, oito ainda estão na ativa. De acordo com o governador, não há por parte do Estado nenhuma medida administrativa em curso em relação ao grupo porque a condenação ainda não transitou em julgado (ainda cabe recurso).

“Sem transitar em julgado, não tem uma condenação. E a própria Justiça deu a eles a possibilidade de recorrerem em liberdade”, afirmou Alckmin. Segundo o governador, os PMs não serão afastados de suas funções.

Para o tucano, “a Justiça precisa ser mais célere”. “Acho que não é adequado levar quase 21 anos para ter um julgamento que ainda não terminou”, disse.

Ainda neste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) espera julgar outros 53 PMs acusados pela morte de 96 presos que estavam no pavilhão nove da Casa de Detenção.

 

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