O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou com duas ações civis públicas de improbidade administrativa contra o atual prefeito de Buíque (Agreste), Jonas Camelo de Almeida Neto, e ex-prefeito Arquimedes Guedes Valença. Ambos descumpriram as suas obrigações de prestar informações ao MPPE e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre as solicitações feitas pelos promotores de Justiça Camila Teixeira, Ademilton Leitão e Leôncio Dias estão a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e a proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais por parte dos acusados.
Já Arquimedes Guedes Valença, nos dois últimos anos de mandato, isto é, em 2007 e em 2008, não promoveu execução judicial em favor do município, causando prejuízo de R$ 5.155,01, quantia que foi ilicitamente incorporada ao patrimônio da pessoa que deveria restituí-la e não recuperada devido à omissão do ex-gestor. Apesar de ter recebido a certidão de débito das entidades, Arquimedes Valença não cumpriu seu dever.

Os representantes do MPPE solicitaram ainda a indisponibilidade cautelar dos bens, direitos e valores de Arquimedes Guedes Valença no limite de R$ 5.155,01 para garantir o ressarcimento aos cofres municipais através do Sistema BacenJud para a indisponibilidade de quantias em dinheiro. Além disso, os cartórios de registros imobiliários e o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran) devem ser notificados para que não seja realizado o fornecimento de imóveis e de veículos.