O prefeito de Cabrobó Marcílio Cavalcanti (MDB), foi eleito em 2016 e com ele apenas 5 dos 13 vereadores que integra o Poder Legislativo Municipal. A coligação liderada pelo ex-candidato Antonio de Nestor elegeu 7 e poderia ter garantido 8 cadeiras no parlamento municipal, isso por que a vereadora Suzana é do PSB mesmo partido do candidato adversário de Marcílio. No entanto, a vereadora que fez a campanha sem subir em nenhum palanque apoiou o prefeito eleito. Andando de casa em casa e subindo nos palanques com Marcílio estiveram os vereadores eleitos: Ramsés Sobreira (MDB); Marcos de Neuma (MDB); Duda Caldas (PTB); Dim Saraiva (PPS) e Pretinha Truká (PV).
Logo no início do governo, o prefeito conseguiu atrair para seu grupo alguns vereadores que fizeram campanha contra ele, foi o caso de Sininho e posteriormente Romero, ainda os vereadores Zezito e João Pedro. Entre os 13 vereadores recém-empossados ninguém assumia que era oposição, foi quando aconteceram os rompimentos e hoje são opositores declarados, os ex-aliados Ramsés, Marcos, Suzana e Duda. Os principais aliados do prefeito Marcílio Cavalcanti são ex-adversários, tanto que seu líder na Câmara é Jorge Cavalcanti que não conseguiu se reeleger em 2016 e retornou a casa sendo beneficiado porque o prefeito levou Zezito para uma secretaria.
Mesmo com movimentações na Câmara onde alguns nomes foram colocados como pré-candidatos a prefeito, os aliados de Marcílio não têm feito defesa da candidatura de reeleição do mesmo tendo em vista que lhe é de direito. Os aliados se mantém em silêncio, aguardando o momento certo para tomar uma decisão. Na política ninguém quer começar uma caminhada com dúvidas quanto ao resultado final, ou seja, o apoio é definido à medida que o candidato mostra que está em condições de partir para o enfrentamento. Basta dar uma olhada no retrovisor da política e enxergar as campanhas anteriores, bem como usar da sensibilidade e vai antever como serão montadas as alianças para as eleições de 2020.
Pois bem, o prefeito Marcílio Cavalcanti (MDB), tem dito a aliados mais próximos que pretende sair candidato à reeleição. Para levar adiante essa ideia o Chefe do Executivo Municipal, vai precisar fazer alguns ajustes e tomar importantes decisões se quiser se tornar o segundo prefeito reeleito da história política de Cabrobó. Inicialmente o Gestor tem que procurar outro partido, o presidente estadual do MDB, Raul Henry, deixou bem claro que seu candidato é outro e esse outro faz parte da base governista na Câmara. Portanto, para ser candidato à reeleição o prefeito vai precisar procurar outra sigla partidária, reajustar sua base de sustentação na Câmara e fazer com que “aliados” falem a mesma língua.
Nesses pouco mais de dois anos de administração o prefeito perdeu alguns aliados de peso eleitoral, ao tempo que não se sabe ao certo se numa provável disputa pela reeleição ele vai poder contar com os que entraram no governo. Há quem diga que o prefeito alimenta a esperança de contar com apoio do ex-prefeito Auricélio Torres, lembrando apenas que esse também trabalha com a ideia de ser candidato em 2020. No entanto, como na política tudo é possível, basta lembrar que em 2004 o mesmo Auricélio foi candidato à vice do então prefeito Zé Dilson.