Pedro Simom bota a boca no trombone

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Pedro Simom: O Língua de Aço do Congresso Nacional
Os atuais governadores do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT); do Paraná, Beto Richa (PSDB), e de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), são “um zero à esquerda”. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, é outro “zero à esquerda, uma pataca”. Quem dispara é o senador Pedro Simon (PMDB-RS), uma das vozes mais experientes da política brasileira. E dono, também, de uma das línguas mais afiadas.
Em entrevista publicada na recém-lançada quarta edição da Revista Congresso em Foco, Simon não poupa praticamente ninguém. É implacável com a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT): “O único título que conheço dela é o de ex-esposa do Suplicy”. Também não perdoa o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Ele não tinha direito de fazer o que fez. No Brasil, grande nação em grande momento, comprar a reeleição como ele comprou? Foi vexatório.”
O peemedebista mira o seu próprio partido, cuja versão ética, segundo ele, foi enterrada junto com o ex-presidente Tancredo Neves. Atira, ainda, no atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e no ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL), que tenta voltar ao cargo. “A única chance de o Renan não se eleger presidente do Senado é a imprensa voltar com as acusações contra ele. Mesmo assim, é muito difícil. Mas, se Deus existe, tudo é possível”. 
Simon, porém, faz elogios à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. Mas faz ressalvas. “O pecado mortal do mensalão é a omissão do Lula, a irresponsabilidade dele. Mas quem fez tudo foi Zé Dirceu e companhia. Não vejo no Lula nada de corrupção, malandragem, cachorrada. Mas essas coisas de Zé Dirceu me lembram muito aquela época do sindicato, dos pelegos da ditadura. Vai ver daquela convivência restou alguma coisa.”
Ele também diz ter esperança de que o país vive “um novo dia”, com a aplicação da Lei da Ficha, as condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a parlamentares e aos réus do mensalão.

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