A movimentação da base governista para tentar atrapalhar a criação de novos partidos antecipou para a próxima quarta-feira (17) a decisão do PPS e PMN de fazer a fusão.
Inicialmente, a possibilidade de união entre os dois partidos estava sendo discutida para ocorrer apenas no meio do ano.
A decisão de se antecipar ocorreu neste sábado (13) em Brasília, após integrantes do diretório nacional do PPS aprovarem a fusão e acertarem os detalhes para a realização de um Congresso Nacional do partido na próxima semana. Na ocasião, deverá ser feita a oficialização da união.
Caso se confirme a fusão na próxima quarta-feira, deverá ser aberto um prazo para que os políticos mudem para o partido sem o risco de perder o mandato. Esse período é conhecido como “janela”.
O nome mais contado hoje da nova legenda é o MD (Mobilização Democrática), o mesmo registrado em 2006 quando as duas legendas, mais o PHS, ensaiaram uma primeira união.
Com a criação da janela, a expectativa de parte dos integrantes do PPS é que o ex-governador José Serra deixe o PSDB para fazer parte da nova legenda.
Serra participou ontem de evento promovido pelo PPS onde defendeu a união de forças da oposição contra possível candidatura de Dilma à reeleição.
Outra hipótese discutida é o apoio à possível candidatura à Presidência de Eduardo Campos (PSB) ou até mesmo de Marina Silva, que tenta criar o Rede Sustentabilidade.
Também está no radar do novo partido a adesão de parlamentares descontentes com as atuais legendas. Hoje o PPS conta com 10 deputados e o PMN com três. A expectativa é que a nova bancada na Câmara chegue a pelo menos a 20 deputados
O comando do partido deve ser destinado o atual presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP).
Como parte do estatuto estuda-se, entretanto, que se divida, meio a meio, as presidências estaduais e municipais. E onde tiver o presidente de um dos partidos, ele não contará com a maioria dos membros.
Fonte: Folha de S. Paulo