O debate sobre uma possível regulação da mídia no país, por meio de um projeto que teria tramitação no Congresso Nacional, motivou pronunciamentos dos deputados estaduais na Reunião Plenária desta quinta. Quem levantou o tema foi o deputado Pastor Júnior Tércio, do PL. Ao repercutir levantamento divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo que dá conta de crescimento no engajamento de perfis de direita nas redes sociais, o parlamentar criticou o que chamou de intenção do Governo Federal de controlar as mídias sociais por meio de censura.
“É por isso e outros motivos que nós percebemos a agonia do presidente Lula em regulamentar, ou melhor, regulamentar não, controlar as mídias sociais. Um governo que, pelo grito, quer se apegar à democracia. Democracia? Eu fico me perguntando, e as nossas conquistas constitucionais, liberdade de expressão, onde fica?”
Já para Dani Portela, do PSOL, o tema da regulamentação é urgente e precisa ser tratado com profundidade. Ela lembrou que as mídias já são reguladas no Brasil desde a década de 1930, mas o cenário da comunicação hoje exige a criação de novas regras. “A comunicação mais ampla, ela tem que ser vista como um direito humano, um direito de todas as pessoas, e ela não tem que estar a serviço de um grupo ou de outro simplesmente. A liberdade de expressão, como o deputado usou essa tribuna para falar, ela não pode ser usada como guarda-chuva para que a gente fale absurdos, e aí quem aqui não ouviu falar nos últimos anos, em especial nos últimos quatro anos, na palavra fake news?”
A propagação de fake news promove desinformação e ameaça democracias, na avaliação da parlamentar.
Outro tema tratado por Dani Portela foi o ato de mulheres no 8 de Março na área central do Recife. Uma carta foi entregue à governadora Raquel Lyra contendo pautas históricas do movimento feminista.
Em seu primeiro pronunciamento na Tribuna da Alepe, Eriberto Filho, do PSB, agradeceu a confiança dos eleitores e reafirmou compromissos de campanha.
Renato Antunes, do PL, destacou o projeto de implantação de uma escola de sargentos do Exército no estado. Ele leu a íntegra de artigo intitulado “Do Sertão ao mar, vocações e oportunidades para o desenvolvimento de Pernambuco”. O texto, do assessor de Meio Ambiente do Comando Militar do Nordeste, coronel Hélder de Barros Guimarães, foi publicado no Jornal do Commercio desta quinta.
A aprovação pelo Plenário da Comissão Especial de Desenvolvimento Econômico e Turismo motivou pronunciamento de João Paulo Costa, do PC do B. O parlamentar defendeu medidas para alavancar o setor, responsável por muitos empregos diretos e indiretos. “O setor deixou de faturar, só em 2020, 90 bilhões de reais, e 350 mil eventos foram cancelados. Então a gente tem que comemorar que o setor está retomando, mas continuar discutindo algumas formas para dar condições para esses setores que movimentam a economia.”
A notícia de paralisação de procedimentos eletivos no Sassepe a partir de 27 de março, informada pelo SindHosp, preocupa o deputado João Paulo, do PT. Ele atribuiu o problema a falhas na transição de governo e fez um apelo por medidas de urgência para garantir o direito dos servidores. “Nós nunca convivemos com uma situação de 14 pessoas precisando de uma cirurgia urgente, urgentíssimo, na UTI, sem serem realizadas; de 30 mulheres – ontem foi o Dia Internacional da Mulher, eu fiz referência – precisando de tratamento de quimioterapia sem serem feitos”.
O 9 de março, data da chegada do navegador português Duarte Coelho a Pernambuco em 1535, foi enaltecido por Mário Ricardo, do Republicanos. “Ele desce no Canal de Santa Cruz, no primeiro porto pernambucano, que fica entre a Ilha de Itamaracá e o município de Igarassu. E Duarte Coelho chega a Pernambuco com o objetivo de construir um novo país, a Nova Lusitânia, daí o sentimento de que Pernambuco é um país, de que esse Estado é um Estado diferente na sua constituição desde a sua origem”.
Duarte Coelho foi o primeiro donatário da então capitania de Pernambuco, substituído após a morte pela esposa, Brites de Albuquerque.