SP: prefeito de Limeira é cassado por fraudes de até R$ 20 milhões

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O prefeito Silvio Félix (PDT), da cidade de Limeira, interior de São Paulo, foi cassado por quebra de decoro por 10 votos a 4, em sessão na Câmara de Vereadores. Félix é o primeiro prefeito da cidade a perder o mandato.
Félix estava afastado das funções desde janeiro, e a prefeitura deve seguir nas mãos do vice, o empresário José Zovico (PDT), que será empossado como prefeito ainda com data a ser agendada.
As sessões foram acompanhadas por grande público que se manifestou gritando palavras de ordem, cantando o Hino Nacional e pedindo a saída do prefeito. Alguns populares usaram camiseta com o desenho do personagem Gato Félix com a inscrição “Fora Félix”.
Um forte aparato de segurança foi montado: a Polícia Militar destacou 120 homens, com direito a cavalaria e tropa de choque para o prédio da Câmara.
Félix é investigado pelo Legislativo por suposta quebra de decoro devido a uma infração político-administrativa. Em uma operação conduzida no final de novembro pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, a polícia cumpriu mandado de prisão temporária de cinco dias de sua esposa, a ex-primeira-dama Constância Félix, dos filhos Murilo e Maurício e de outras nove pessoas que mantinham relacionamento pessoal e comercial como sócios-proprietários em empresas da família.
À exceção de Félix, que tem foro privilegiado, todos foram acusados de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, formação de quadrilha e furto qualificado. O prejuízo apontado pelo MP ultrapassa os R$ 20 milhões.

Os 14 vereadores da cidade foram convocados e prestaram esclarecimentos aos promotores do Gaeco na tarde de quarta-feira. Todos afirmaram desconhecer um suposto convite de compra de votos para livrar o prefeito da cassação. O esquema foi denunciado por uma testemunha. “Há fortes indícios de compra de votos”, disse o promotor Luiz Alberto Bevilacqua. Segundo os promotores, chegaram denúncias ao Gaeco por meio de carta e testemunhas presenciais de que houve oferecimento de vantagem financeira em troca de votos.
Segundo os promotores, pode ter ocorrido negociação com a oferta em valores que variam de R$ 500 mil a R$ 3 milhões. Ao deixarem o prédio do MP, os vereadores se mostraram constrangidos e negaram terem recebido tal proposta.
Fonte: Especial Terra

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