Vereador e lider indígena de Cabrobó-PE Neguinho Truká é um dos manifestantes se encontra em Brasilia

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Índios de várias regiões do país montaram um acampamento em Brasília. Eles participam de uma mobilização nacional para impedir a aprovação do Projeto de Emenda à Constituição que altera a demarcação de terras.

O acampamento foi montado no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. Em apoio aos indígenas um grupo de ativistas do Greenpeace escalou o mastro da bandeira nacional e pendurou o símbolo da mobilização.

No final da tarde da terça-feira (01), índios e quilombolas caminharam pela Esplanada até chegar ao Ministério da Saúde para pedir postos de atendimento, medicamentos e profissionais para trabalhar nas aldeias. Depois, os manifestantes seguiram para a Praça dos Três Poderes e voltaram ao acampamento.

Quinze índios do Vale do Javari, na Amazônia, na fronteira com o Peru, viajaram quase 3,2 mil quilômetros para participar da mobilização. Eles estão preocupados com estudos que estão sendo feitos na região para a exploração de gás natural.

“Viemos à Brasília falar com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para dizer pra não fazer isso. Pra parar. Se não houver esse diálogo e eles continuarem a fazer esse trabalho, eles vão ir para guerra. Nós estamos preparados para a guerra”, diz o líder indígena Jader Marubo.

As lideranças indígenas querem o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição que tira do governo federal e transfere para o Congresso Nacional a palavra final para a demarcação de terras indígenas. Eles pretendem ser ouvidos até sexta-feira (4) pelos presidentes da Câmara e do Senado para discutir o assunto.

“Se a gente não está conseguindo avançar sob a responsabilidade do Executivo, agora imaginem vocês ela estando sob a responsabilidade do Legislativo. Com certeza, a gente não consegue mais aprovar a demarcação de nenhuma terra indígena com a bancada ruralista que se tem”, diz Sônia Guajajara, da Direção Nacional da Articulação dos Povos Indígenas.

GEDSC DIGITAL CAMERAPara Neguinho Truká Cacique da comunidade Indígena da Ilha de Assunção em Cabrobó-PE, “é preciso dialogar com o congresso e buscar um entendimento, para isso é que esperamos conversar com Renan Calheiros e Henrique Eduardo, se eles não nos receberem fica claro a falta de dialogo, então vamos promover paralisações, no entanto, não abriremos mão do que já foi conquistado e não aceitaremos o retrocesso”.

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